Lucro da JBS cai 68,5% no 2º tri e Gol tem prejuízo de R$ 354,9 milhões; veja mais 16

Confira os resultados da noite de quinta-feira e a manhã desta sexta-feira; lucro da BM&FBovespa sobe 27%; Cyrela, Sabesp e mais 6 resultados agitam a noite

Lara Rizério

(Bloomberg)

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SÃO PAULO – Quatorze empresas divulgaram seus resultados do segundo trimestre entre a noite de ontem e a manhã de hoje, com destaque para BM&FBovespa que viu seu lucro líquido atribuível aos acionistas crescer 27% e Cyrela, que teve lucro 30% inferior na comparação trimestral com 2014. Já a JBS viu seu lucro cair 68,5%. Confira:

JBS
A produtora de carnes JBS (JBSS3) teve lucro líquido de R$ 80,1 milhões no segundo trimestre, queda de 68,5% sobre o mesmo período do ano anterior, informou na noite de quinta-feira.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 3,6 bilhões de reais, avanço de 47% na mesma base de comparação. Já a receita líquida somou R$ 38,9 bilhões. 

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“Os números do trimestre demonstram uma vez mais a solidez e a consistência em nossos resultados, fruto de um modelo de negócio desenvolvido ao longo dos anos com a construção de uma plataforma de produção diversificada, com acesso a consumidores no mundo todo e com um portfólio de produtos cada vez mais amplo e diversificado”, diz Wesley Batista, presidente da companhia no comunicado.

BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) reportou na noite desta quinta-feira (13) seu resultado do segundo trimestre deste ano com um lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 318,0 milhões, uma alta de 27,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre abril e junho, o volume médio diário negociado no segmento BM&F atingiu 2,9 milhões de contratos, alta de 28,2% sobre o mesmo período de 2014.

No segmento Bovespa, o volume médio diário negociado (ADTV) cresceu 5,7% na comparação anual devido ao aumento no “turnover velocity”, enquanto as margens ficaram estáveis.

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Além do resultado, a Bovespa anunciou o pagamento de juros sobre capital próprio no valor total de R$ 254.392.000, equivalentes ao valor bruto de R$ 0,14274885 por ação, cujo pagamento se dará pelo valor líquido de R$ 0,12133652 por ação, já deduzido o Imposto de Renda na Fonte de 15% sobre o valor dos juros sobre capital próprio.

Lojas Americanas
A varejista Lojas Americanas (LAME4) encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 17,3 milhões de reais, queda de 57,3% sobre igual período de 2014, informou na noite de quinta-feira.

A empresa apresentou geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado de R$ 490,2 milhões, avanço de 19% contra o intervalo de abril a junho do ano passado.

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Gol
A companhia aérea Gol (GOLL4) teve prejuízo líquido de R$ 354,9 milhões no segundo trimestre, ampliando o resultado negativo de R$ 145 milhões obtido do mesmo período do ano passado, informou na noite de quinta-feira.

A empresa apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de R$ 90,7 milhões no período, queda de 75,8% na comparação anual.

Copel
A Copel (CPLE6) teve lucro líquido de R$ 302 milhões, 21,7% maior que no segundo trimestre de 2014, que foi de R$ 248 milhões. No semestre, houve queda de 7,1% de R$ 831 milhões para R$ 772 milhões.

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A receita líquida teve crescimento de 25,4%, ao sair de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,9 bilhões neste trimestre. O Ebitda encerrou em R$ 493 milhões, alta de 5,7% ante os R$ 467 milhões em 2014. A margem Ebitda foi de 12,6% e teve queda de 2,4p.p. em comparação ao período do ano passado, que foi de 15%.

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) teve lucro líquido de R$ 118 milhões, 30,1% inferior ao período de 2014, que foi de R$ 169 milhões, e 17,4% superior ao primeiro trimestre deste ano, que foi de R$ 101 milhões. No semestre, foram R$ 219 milhões, 34,2% inferior aos primeiros seis meses do ano passado, R$ 332 milhões. A receita líquida da companhia recuou 16,2% ao ir de R$ 1,35 milhões para R$ 1,13 milhões.

O Ebitda foi de R$ 236 milhões, queda de 12,7% em comparação ao trimestre de 2014, que foi de R$ 271 milhões. A margem Ebitda mostrou crescimento de 0,9p.p. de 19,9% para 20,8%.

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A Cyrela disse no relatório divulgado nesta quinta-feira que lançou produtos de forma seletiva e que os novos empreendimentos continuam focados nas praças onde tem atuação estratégica -São Paulo, Rio de Janeiro e Sul do Brasil- e, foram, em média, 36% vendidos.

No segundo trimestre, a Cyrela entregou as últimas obras em Natal (RN), depois de ter feito o mesmo em Salvador (BA) e Florianópolis (SC) entre janeiro e março. A empresa já havia informado em julho que os lançamentos no segundo trimestre subiram 19,8%, enquanto as vendas diminuíram 35,3%.

A Cyrela afirmou no balanço que o Valor Geral de Vendas (VGV) lançado no mercado na região metropolitana de São Paulo caiu 30% no primeiro semestre, enquanto no Rio de Janeiro houve recuo de 80 por cento, em comparação ao mesmo período de 2014.

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“No Brasil, o cenário tem se mostrado mais difícil que o previsto no início do ano”, disse a Cyrela no balanço. “No mercado imobiliário, a redução na oferta de novos lançamentos deu mostras concretas de diminuição, o que torna o mercado mais saudável no médio e longo prazo”, acrescentou a companhia.

Fertilizantes Heringer
A Fertilizantes Heringer (FHER3) teve prejuízo líquido tanto no segundo trimestre, quanto no primeiro semestre deste ano. No trimestre alcançou  R$ 37,3 milhões, 12 vezes maior que no período de 2014 – R$ 2,6 milhões. Já nos primeiros seis meses, foram R$ 180,2 milhões negativos.

A receita líquida foi de R$ 1,2 milhão, 11,8% superior ao mesmo período de 2014, que foi de R$ 1,1 milhão; cresceu 12% no semestre, passando de R$ 2,3 milhões para R$ 2,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 4,4 milhões, inferior ao do segundo trimestre do ano passado, que foi de R$ 28,9 milhões. No semestre, foi de R$ 23,1 milhões, inferior aos R$ 95,4 milhões.

Sabesp
A Sabesp (SBSP3) teve lucro líquido de R$ 337,3 milhões, aumento de R$ 34,9 milhões ou 11,5% ante os R$ 302,4 milhões de 2014. A receita líquida da companhia foi de R$ 2,8 bilhões, ante R$ 2,7 bilhões de 2014, aumento de R$ 68,8 milhões ou 2,5%.

O Ebitda ajustado foi R$ 33,4 milhões (7,6%) maior neste trimestre, R$ 472,5 milhões contra R$ 4391 milhões do ano passado. A margem Ebitda ajustada teve crescimento de 2,8p.p., de 24% para 26,8%.

JHSF
A JHSF (JHSF3) viu seu lucro crescer 25,4% na comparação trimestral com o ano passado, de R$ 13,4 milhões para R$ 16,8 milhões. A receita líquida cresceu 26,9% ao ir de R$ 142,9 milhões para R$ 181,3 milhões.

O Ebitda foi de R$ 70,6 milhões, 32,8% maior que os R$ 53,1 milhões de 2014. A margem Ebitda (receita/Ebitda) foi 41,2%, 16,4 pontos percentuais maior que os meses de abril a junho de 2014, que alcançou 24,8%.

Biosev
A Biosev (BSEV3) teve prejuízo líquido de R$ 265,6 milhões, 79% maior que a perda registrada em igual período do ano anterior, que foi de R$ 148,3 milhões. O Ebitda ajustado caiu 17% na comparação, para R$ 181,9 milhões, enquanto sua receita líquida aumentou 49,5%, para R$ 1,362 bilhão.

Qualicorp
A companhia de planos de saúde Qualicorp (QUAL3) teve lucro líquido de R$ 70,8 milhões no segundo trimestre, um salto sobre os R$ 24,4 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. O resultado foi beneficiado pela venda da Potencial por R$ 45,7 milhões, disse a Qualicorp em seu relatório de resultados divulgado na quinta-feira.

Além disso, a receita líquida consolidada cresceu 17,9% na comparação anual, encerrando o período em R$ 405,7 milhões. A carteira de beneficiários subiu 14,7% ano a ano, a 5,2 milhões de vidas, impulsionada pelo aumento de 25,2% do segmento corporativo.

A empresa apurou Ebitda de R$ 166,4 milhões no período, avanço de 31,6% no comparativo anual. A Qualicorp reduziu despesas comerciais em 2,9% no trimestre sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 72,4 milhões. Porém, as perdas com crédito subiram 21,6%, a R$ 22,1 milhões, mas se mantiveram em 5,6% da receita líquida. Isso ocorreu “em meio a um cenário econômico bastante desafiador, resultado das contínuas estratégias de cobrança dos atrasados”, disse a empresa no balanço.

Restoque
A Restoque (LLIS3) reverteu lucro do segundo trimestre do ano passado em prejuízo líquido combinado de R$ 1,8 milhão. No semestre, a queda foi de 73% ao deixar os R$ 49,8 em 2014 e encerrar o período de 2015 com R$ 13,4 milhões. A receita líquida combinada aumentou 0,2%, de R$ 295,8 milhões para R$ 296,5 milhões.

O Ebitda combinado foi de R$ 60 milhões e sofreu queda de 21% ao cair de R$ 76 milhões. A margem Ebitda caiu 5,4p.p. de 25,7% para 20,3% na comparação trimestral entre 2014 e 2015.

Log-In
A Log-In (LOGN3) teve queda de 96% no lucro líquido para R$ 306 milhões. A receita líquida subiu 15%, para R$ 265,9 milhões. O Ebitda caiu 28% na comparação trimestral com 2014 e encerrou este segundo trimestre em R$ 35,2 milhões; sua margem caiu 7,9p.p. para 13,3% contra 21,2% no período do ano passado.

Saraiva
A Livraria Saraiva (SLED4) registrou prejuízo líquido de R$ 23,134 milhões no segundo trimestre de 2015, representando um significativo aumento do resultado negativo em relação ao prejuízo do segundo trimestre do ano passado, que foi de R$ 16,53 milhões. O Ebitda da companhia ficou em R$ 7,663 milhões, contra R$ 6,013 milhões no mesmo período do ano anterior. A Receita Líquida, no entanto, teve um ligeiro aumento na comparação anual, indo de R$ 387,767 milhões para R$ 389,984 milhões. 

B2W
A varejista B2W (BTOW3) teve um prejuízo líquido de R$ 82,3 milhões no segundo trimestre de 2015, contra R$ 64,5 milhões do mesmo trimestre do ano passado. Já a receita líquida ficou em R$ 1,889 bilhão, ante R$ 1,648 bilhão em igual período do ano anterior, uma alta de 14,6%. Destaque para a queda das receitas operacionais da empresa, que foram para R$ 303,5 milhões, uma redução de 11,6%.  

Ser Educacional
O lucro da companhia do setor de educação, Ser Educacional (SEER3) foi 8,7% menor no segundo trimestre de 2015, chegando a R$ 49,0 milhões, depois de ficar em R$ 53,7 milhões no mesmo trimestre do ano passado. A receita líquida da companhia ficou em R$ 273,1 milhões no segundo trimestre deste ano, ante R$ 175,6 milhões um ano antes, uma alta de 56%.

Helbor
O lucro líquido da Helbor (HBOR3) caiu 89,6% do segundo trimestre de 2014 para o mesmo período de 2015, atingindo R$ 5,181 milhões. O Ebitda da companhia foi de R$ 24,131 milhões contra R$ 72,878 milhões em igual período do ano anterior e suas receitas caíram de R$ 375,690 milhões no 2T14 para R$ 300,658 milhões no 2T15. 

(com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.