Lojas Quero-Quero (LJQQ3) tem lucro líquido de R$ 15,6 milhões, queda de quase 50% na base anual

Companhia viu seus gastos aumentarem com expansão de número de lojas, o que comprimiu suas margens de lucro

Vitor Azevedo

Quero-Quero (Facebook)

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A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) lucrou de forma líquida R$ 15,6 milhões no terceiro trimestre de 2021, número 48,3% menor do que os R$ 30,1 milhões registrados em igual período do ano passado.

Apesar da receita da varejista que atua apenas em pequenas cidades do interior ter crescido 16,3%, saindo de R$ 574,2 milhões para R$ 668 milhões, a companhia viu também suas margens diminuírem, com maiores gastos. As despesas operacionais, que incluem os gastos com vendas e com administração, totalizaram R$ 162,2 milhões, alta de 18,4% na base anual.

Em parte, a Lojas Quero-Quero explica no documento publicado na noite desta segunda-feira (8) que a diferença nos gastos é explicada, majoritariamente, pela sua expansão: 62 novas lojas foram adicionadas ao portfólio da empresa no período de um ano (19 sendo inauguradas apenas no terceiro trimestre), somando agora 440 estabelecimentos. Além disso, gastos com logística e o desenvolvimento do projeto digital também pesaram.

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O Ebitda ajustado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, excluindo efeitos não recorrentes, apesar do maior número de lojas, recuou 15%, de R$ 58,7 milhões para R$ 49,9 milhões. A margem Ebitda saiu de 12,9% para 9,3%.

Apesar do aumento de gastos, a Lojas Quero-Quero aponta que a sua atividade do seus negócios de varejo cresceu 12,1%, que representa 77,6% das receitas da companhia, com o mercado de material de construção se mostrando aquecido, apesar da base de comparação já alta, e a empresa ganhando market share – as vendas mesmas lojas avançaram 4,6%. O braço de serviços financeiros da companhia, conhecido por distribuir crédito a produtores rurais, cresceu 37,2% na base anual.

Além de maiores gastos, lucro líquido da Lojas Quero-Quero é impactado por crescimento das despesas financeiras

A varejista, além de registrar maiores gastos gerais, viu também seus gastos com a sua crescer: as despesas financeiras saíram de R$ 17,5 milhões para R$ 49,9 milhões. O resultado financeiro líquido saiu de um prejuízo de R$ 7,6 milhões para R$ 19,1 milhões.

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Segundo a Lojas Quero-Quero, a diferença se explica pelos maiores gastos com imposto de renda, implicantes da expansão da companhia e pelo aumento da taxa de juros. A empresa fechou setembro com uma dívida líquida ajustada de R$ 153,9 milhões.