Leilão de Energia Nova: sem licença ambiental, quatro usinas são excluídas

Projetos representavam 23% da capacidade prevista para o leilão; EPE tranquiliza: saída não afetará abastecimento futuro

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Na última terça-feira o governo anunciou a exclusão de quatro das 17 hidrelétricas previstas para o leilão de energia nova, que será realizado no dia 16 de dezembro. Os projetos foram excluídos pois não conseguiriam obter licença ambiental dentro do prazo estipulado.

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) não considera que a redução no número de usinas participantes no Leilão de Energia Nova represente algum risco de falta de abastecimento de energia no futuro e em novembro novos projetos deverão ser habilitados para participar do leilão.

Entraves ambientais eliminam projetos

Das 13 usinas que já foram habilitadas para o leilão de novos empreendimentos de energia, apenas cinco já possuem licença ambiental prévia, e caso os outros oito projetos não consigam a licença até 10 dias antes da realização do leilão, também não poderão participar.

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A exclusão das quatro usinas reduziu o potencial de energia a ser leiloada de 2.829 MW para 2.165 MW, pois estes projetos representavam cerca de 23% da capacidade inicial prevista para o leilão de concessão.

EPE otimista quanto à entrada de outras usinas

Apesar disto, há otimismo quanto à entrada de outras usinas no leilão e a EPE deverá, no início de novembro, divulgar a relação de projetos com viabilidade técnica para participarem do leilão.

Atualmente cerca de 258 projetos de geração de energia estão em análise, entretanto este número deve ser reduzido em função da viabilidade econômica dos projetos. Entre estes empreendimentos, estão usinas movidas a óleo diesel, carvão e gás natural.

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Governo quer evitar choque de oferta

A EPE e o MME (Ministério de Minas e Energia) demonstram tranqüilidade quanto ao abastecimento futuro de energia, e informam que o governo está atento ao as questões referentes ao aumento da oferta de energia.

As iniciativas não limitam-se à realização dos leilões de hidrelétricas e de linhas de transmissão, já que além destas mediadas uma outra preocupação é com a criação de mecanismos de financiamento para facilitar os investimentos da iniciativa privada no setor.