JBS já afunda 16% em 6 dias, na mira do TCU; “novata” do Ibovespa sobe 3%

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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12h05: Vale (VALE3, R$ 13,11, -0,46%; VALE5, R$ 10,56, -0,66%)
As ações da Vale até tentaram operar no positivo, mas voltaram a seguir o movimento de queda na Bolsa, em dia de Vale Day em Nova York – reunião anual com analistas e investidores -, e queda do minério de ferro. 

A mineradora já deu uma prévia do que está por vir no evento, programado para começar às 16h30 (horário de Brasília). A companhia cortou nesta manhã sua projeção de produção de minério para uma faixa entre 340 milhões e 350 milhões de toneladas para 2016 e cortou investimento pelo 5° ano seguido, segundo comunicado ao mercado. A previsão da produção anterior, divulgada em dezembro de 2014, era de até 376 milhões de toneladas. A estimativa média de 3 analistas consultados pela Bloomberg era de 344 milhões de toneladas.

A companhia disse ainda, em comunicado, que o acidente na Samarco deve ter um impacto total de US$ 443 milhões em 2016. 

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As ações da companhia reagem hoje também à queda de 1,7% do minério de ferro no porto de Qingdao, na China, que fechou cotado a US$ 42,24 a tonelada.  

11h30: JBS (JBSS3, R$ 11,96, -3,70%)
As ações da JBS seguem para sua sexta queda seguida, acumulando perdas de 16% no período e batendo seu menor patamar desde fevereiro deste ano. A empresa é impactada por notícias de que o TCU (Tribunal de Contas da União) encontrou indícios de favorecimento da empresa em operação com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). 

Segundo coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, o deputado Alexandre Baldy pediu ao TCU a íntegra da auditoria nos empréstimos do BNDES ao grupo JBS. Baldy acredita que ali pode haver fermento para estender a CPI do BNDES, já que sem isso a comissão termina essa semana.  

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10h50: Embraer (EMBR3, R$ 29,78, -2,04%)
As ações da Embraer caem após ter sua recomendação reduzida para underperform (desempenho abaixo da média) pelo Bradesco BBI, com preço-alvo de US$ 30,00 para seus ADRs (American Depositary Receipts), frente US$ 36,00 anteriormente.  

10h10: Estácio (ESTC3, R$ 13,55, +1,04%) 
As ações da Estácio amenizam ganhos após subir 3,2% com a notícia de aprovação de novos polos de ensino a distância. A companhia passa a ter 231 polos de ensino a distância, após a aprovação de mais 61 no fim de novembro, informou a companhia na segunda-feira. A Universidade Estácio de Sá (Unesa) teve mais 45 polos de apoio presencial credenciados para oferta de cursos superiores na distância, conforme publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União. Outros 16 polos foram aprovados para o Centro Universitário Estácio de Santa Catarina, informou a companhia. Até o fim de setembro, a Estácio tinha 170 polos autorizados. 

10h09: 1ª prévia do Ibovespa
As ações da BR Properties (BRPR3, R$ 10,32, -1,24%), Santander (SANB11, R$ 14,61, -1,28%) e Gol (GOLL4, R$ 3,39, -0,59%) caem após serem excluídas da 1ª prévia do Ibovespa, divulgada hoje, que vai vigorar de janeiro a abril. Por outro lado, a Weg (WEGE3, R$ 15,50, +1,97%) – única ação incluída no índice – registra alta hoje. Vale menção que as ações da Souza Cruz (CRUZ3, R$ 27,59, -0,04%) também deixaram o índice, mas por conta da OPA (Oferta Pública de Aquisição) de suas ações.  

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As ações da Weg sobem pela segunda vez em três dias, que tem no radar também um contrato para fornecer aerogeradores para o complexo Santo Inácio, da Aliança, parceria entre Vale e Cemig.

Já sobre a BR Properties um acionista marcou para hoje um “block trade” para vender ações entre às 16h45 e 17h. De acordo com o comunicado enviado à BM&FBovespa, o vendedor pretende se desfazer de um total de 17.800 ações – o que corresponde a 5,96% dos papéis da BR Properties em negociação na Bolsa -, a um preço de R$ 10,22 por ação.