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Depois da divulgação dos números do Santander Brasil (SANB11) e do Bradesco (BBDC4), a temporada de resultados dos bancões continua com os dados do Itaú Unibanco (ITUB4), depois do fechamento do mercado nesta terça-feira (4).
A expectativa, segundo mediana de compilação feita por analistas consultados pela Reuters, é de um lucro de R$ 11,87 bilhões, avanço anual de 11,2%.
Para os analistas de mercado, o bancão, por mais um trimestre, deve apresentar conjunto de resultados financeiros robustos. O Goldman Sachs afirma que o ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) apresentado pelo banco deve ser maior que de seus pares, em 22,4%. O índice de capital deve ficar em 13,1%, na estimativa do Goldman, o que justifica o que o banco chama de “avaliação premium”.
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A Genial sustenta visão construtiva para 2025, com expectativa de crescimento de lucro em dois dígitos e rentabilidade elevada. A expectativa, para os próximos trimestres, é de que o foco deva ser em ganhos de eficiência, que poderá ser feito via redução de agências e otimização de número de funcionários. Outra aposta que a Genial projeta para o Itaú é a monetização gradual do Super App (One Itaú), que já apresenta boa tração inicial.
“Acreditamos que o banco entra em uma nova fase, de expansão do mercado endereçável e consolidação da liderança em múltiplos segmentos. Essa combinação deve sustentar uma vantagem competitiva estrutural, com potencial de expansão gradual do ROE nos próximos anos”, afirma a análise.
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A XP não vê o banco como destaque do terceiro trimestre, mas ainda vê como melhor player do setor, com potencial de valorização (upside) significativo a ser impulsionado por melhorias no índice de eficiência.
A corretora também prevê que os resultados do Itaú devam seguir a tendência do trimestre anterior. O crescimento da carteira de crédito será liderado por PMEs (pequenas e médias empresas), enquanto o crédito imobiliário para Pessoas Físicas desacelera, mas ainda acima da orientação anual.
O Bradesco BBI projeta lucro de R$ 11,8 bilhões e um lucro antes dos impostos amplamente estável (0,4% maior em relação ao trimestre anterior). Os analistas projetam que o Itaú reporte resultados razoavelmente estáveis, já que tanto sua margem com clientes quanto sua margem com o mercado devem se contrair em relação ao trimestre anterior, enquanto as provisões provavelmente permanecerão praticamente estáveis.
“Além disso, as receitas de tarifas e seguros devem apresentar um desempenho forte, mas podem ser compensadas pelo aumento das despesas operacionais decorrentes do acordo coletivo de trabalho. Como resultado, esperamos um lucro antes dos impostos amplamente estável, mas uma alíquota efetiva de imposto mais baixa deve sustentar o crescimento dos lucros em relação ao trimestre anterior”, avalia.