IRB (IRBR3) tem prejuízo de R$ 370,9 mi no 4º trimestre de 2021; ações caem 5% e vão a R$ 3

Já nos últimos três meses de 2021, prejuízo recuou 42,4%; resultado líquido contábil foi negativamente impactado pela maior frequência de sinistros

Equipe InfoMoney

IRB Brasil (Foto/Reprodução: Youtube)

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O IRB Brasil (IRBR3) registrou prejuízo contábil de R$ 370,9 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), redução de 42,4% na comparação com as perdas do mesmo período de 2020. No acumulado de 2021, o resultado líquido foi negativo em R$ 683 milhões, perda 54% menor ano a ano.

Apesar das perdas menores, as ações registram queda no início da sessão. Às 10h23 (horário de Brasília), os papéis lideravam as baixas do Ibovespa, com queda de 5,06%, a R$ 3. Segundo os analistas do Credit Suisse, os números foram negativos, com o segmento internacional com forte peso na rentabilidade. Enquanto isso, a suficiência de capital está apertada, limitando o crescimento dos negócios. Os analistas destacam que o IRB está aberto para explorar diferentes alternativas para impulsionar seus indicadores regulatórios.

O resultado líquido contábil da companhia no quarto trimestre foi negativamente impactado pela maior frequência de sinistros, que foi 53,7% superior a do ano anterior. Os principais responsáveis foram os segmentos de rural, aviação e vida, notadamente nas carteiras no exterior.

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Em 2021, o volume total de prêmios emitidos decresceu 8,7% em relação a 2020, totalizando R$ 8,76 bilhões. Os prêmios emitidos no Brasil totalizaram R$ 5,329 bilhões, o que representou um incremento de 9,3%, refletindo a nova estratégia e a resiliência do negócio em um ano de pandemia, com maior volume de prêmios emitidos em vida (+43,7%) e rural (+23%).

Já os prêmios emitidos no exterior foram de R$ 3,431 bilhões, com redução de 27,3% em relação a 2020, também em linha com a estratégia da companhia.

A despesa com retrocessão, em 2021, apresentou uma redução de 24,1%, refletindo ajustes no portfólio que permitiram uma diminuição dos custos de proteção da carteira, notadamente nos negócios oriundos do exterior, onde houve recuo de exposição e melhora de resultados em 2021.

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Assim, o total dos prêmios retidos foi de R$ 5,556 bilhões, com incremento de 3,3% em relação ao ano anterior, como reflexo da redução da despesa de retrocessão. Por fim, o total de prêmios ganhos nos 12 meses do ano foi de R$ 5,9 bilhões, com aumento de 3,8% em relação a 2020 devido ao efeito positivo na variação das provisões técnicas.

Em 2021, o sinistro retido total foi de R$ 5,988 bilhões. O índice de sinistralidade caiu em comparação a 2020, situando-se em 101,5%.

“A sinistralidade de 2021 pode ser explicada por dois fatores. O primeiro diz respeito a contratos subscritos em períodos anteriores a 30/06/20, data em que iniciamos o processo de ressubscrição, cujos sinistros representaram 75% do volume total registrado no ano passado. Já o segundo tem relação com alguns contratos vultosos que apresentaram frequência e severidade de sinistros acima do previsto em decorrência de sua operação. Não podemos deixar de observar que a Companhia já registrou R$ 168 milhões de sinistros retidos oriundos da covid-19, sendo R$ 146 milhões no exercício de 2021”, afirma Raphael de Carvalho.

O resultado financeiro e patrimonial do IRB  foi de R$ 618 milhões em 2021, superior ao apresentado em 2020, de R$ 125 milhões, em razão do maior estoque de ativos, do aumento da taxa Selic e de efeitos não recorrentes.

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