IPCA de maio, arcabouço fiscal no Senado e dados da economia chinesa: o que acompanhar na semana

Tudo o que o investidor precisa saber antes de operar na semana

Mitchel Diniz

Food inflation, Consumer price index or CPI. Prices of commodities and consumer goods rose due to rising inflation. Consumer goods float with air balloons.

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A semana está mais curta com o feriado cristão de Corpus Christi, na próxima quinta-feira (8). A agenda de indicadores econômicos no Brasil fica enfraquecida, mas na seara política, há muito o que ser tratado nos próximos dias. No Senado, o arcabouço fiscal ainda precisa passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Parlamentares avaliam mudanças no texto, mas querem evitar nova votação na Câmara.

O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), confirmou que apresentará o relatório da reforma na próxima terça-feira (6). Mas o texto será um apanhado das atividades do grupo de trabalho – o substitutivo às propostas em tramitação (PEC 45/19, da Câmara, e PEC 110/19, do Senado), segundo sua assessoria, deverá ser divulgado quando for definida uma data para a discussão em Plenário.

Por fim, há também a expectativa de que o governo anuncie oficialmente o programa para reduzir os preços de carros populares. A desoneração deve ocorrer via medida provisória.

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O relatório Focus do Banco Central desta segunda-feira (5) também deve ter atenção especial. Depois que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre avançou 1,9%, acima das expectativas do mercado, é possível que economistas revisem suas projeções para o crescimento da economia neste ano e nos próximos.

A inflação de maio medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será divulgada antes do feriado, na quarta-feira (7). O Itaú prevê uma desaceleração para 0,31%, de 0,61% em abril, com o apoio de preços da gasolina e de alimentos. Assim, a taxa anual ficaria em 4%.

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“Olhando para o núcleo da inflação, tanto serviços quanto bens devem desacelerar na margem”, escreveu Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú.

O Bradesco prevê alta mensal de 0,34% para o índice. “Esse resultado representa uma desaceleração importante em relação à alta de 0,61% em abril, principalmente por conta de passagens aéreas e alimentação, ainda que bens e serviços subjacentes também devam perder força”, escreveu a equipe de análise do banco.

Destaques da agenda internacional

O desfecho da reunião da Opep+, realizada neste fim de semana, deve trazer desdobramentos no mercado ao longo dos próximos dias. Estoques de petróleo nos Estados Unidos serão divulgados na terça e na quarta-feira. Outros destaques da agenda americana são as encomendas à indústria (na segunda-feira), a balança comercial (na quarta) e os pedidos semanais de auxílio-desemprego (na quinta).

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Mas os investidores também devem olhar com atenção para os índices de gerentes de compras (PMI), composto e de serviços, que vão ser conhecidos na terça-feira. Alias, os PMIs também estão na agenda de indicadores da Europa e Ásia.

Na China, o PMI Caixin de serviços será divulgado na segunda-feira e a expectativa é que recue para 55, de 56,4 em abril. Caso a previsão se confirme, será o segundo mês consecutivo de desaceleração da atividade.

Na quarta-feira, o mercado vai conhecer a balança comercial chinesa referente ao mês de maio. O mercado projeta um crescimento de 7% nas exportações, na comparação anual. Em abril, o crescimento havia sido de 8,5%. As importações devem apresentar uma queda de 5%, menor que o recuo de 7,9% registrado um mês antes.

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Por fim, os índices de inflação chineses serão conhecidos na sexta-feira (9). O mercado espera um aumento anual de 0,2% no índice de preços ao consumidor de maio e uma retração de 2.8% nos preços ao produtor, na mesma base de comparação.

O conjunto de dados poderá confirmar uma maior desaceleração da economia chinesa.

(com Agência Câmara de Notícias)

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados