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SÃO PAULO – Adequar o carro ao Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), que requer a implantação de um chip no automóvel, deve custar cerca de R$ 55 ao consumidor final. A informação foi divulgada pela Agência Autoinforme.
O sistema já está operando em caráter experimental na cidade de São Paulo e no Estado do Rio de Janeiro e funciona da seguinte forma: o proprietário manda instalar o dispositivo que contém informações básicas sobre o veículo no próprio carro. Dessa forma, espera-se uma diminuição dos índices de roubo e furto.
Valor alto
O deputado Fleury (PTB-SP) acredita que o valor de instalação do aparelho é muito alto para a maioria da população.
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Em declarações à Agência Câmara, o parlamentar afirmou que o projeto “não contribui para a fiscalização nem para o controle de roubo e furto de automóveis; só contribui para a indústria da multa e de fabricantes de chips”.
Na defesa da tecnologia
Defendendo a tecnologia, o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres da Silva, entregou, por escrito, explicações sobre o processo à Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.
A comissão deveria discutir a implantação do Sinav nesta terça-feira (19), mas não houve quorum para formalizar a reunião.
De acordo com Silva, o sistema não só protegerá quem tem um automóvel, mas também auxiliará os órgãos de trânsito dos Estados, sobretudo no controle dos veículos que estejam em situação irregular. Além disso, a fiscalização de trânsito urbano ficará mais facilitada, explicou ele, que também preside o Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Prejuízo
Com isso, as irregularidades devem diminuir. Para se ter uma idéia, explicou o presidente do Denatran, de 25% a 30% dos veículos brasileiros em circulação não fazem o licenciamento anual, não recolhem o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) e ficam impunes pelas infrações que cometem.
Apenas no Estado de São Paulo, o prejuízo chega a R$ 1,7 bilhão.
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Implantação
A implantação dessa resolução, que tem força de lei, depende dos estados e do governo federal, que deverá iniciar o processo em 18 meses e terminá-lo em até 42 meses.