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SÃO PAULO – A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou, nesta sexta-feira (27), o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) referente ao mês de junho. O índice, que é o principal balizador para o reajuste de aluguéis, já acumula alta e 13,44% nos últimos 12 meses.
O resultado é 3,08 pp maior que a última projeção para o ano de 2008 (10,38%), divulgada no Relatório Focus do Banco Central na segunda-feira (23). Na comparação com o mês de maio, a alta foi de 0,37 pp, ficando em 1,98%.
Destaques
O índice é composto por três segmentos, IPA (Índice de Preços no Atacado), IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), sendo este último o que mais contribuiu para o aumento da inflação, apresentando variação de 2,67% no mês e de 8,70% nos últimos 12 meses.
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O grupo Mão de Obra foi o que apresentou maior elevação, passando de 0,96% em maio para 3,75% no sexto mês do ano, dentre os itens componentes do INCC. A aceleração é conseqüência de reajustes salariais ocorridos nas cidades de Brasília, Goiânia, Fortaleza e São Paulo.
O grupo Materiais avançou de 1,42% para 1,70% e Serviços passou de 0,25% para 1,85% de maio para junho.
Aluguéis
Ainda segundo o IGP-M, os gastos com habitação tiveram alta de 0,39 pp no último mês. De acordo com pesquisa do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), somente na cidade São Paulo, entre os meses de abril e maio, o aumento médio de aluguéis foi de 0,6%.
Pensando nisso, para quem vai fechar contrato de aluguel agora, o conselho é optar por outro índice de inflação, como explica a técnica da Fundação Procon-SP, Renata Reis: “Faça o reajuste por outro índice, o INPC, IPC, ICV. O IGP-M não é obrigatório, mas, como é o mais alto, normalmente é usado”.
Já para quem vai sofrer reajuste, a técnica do Procon recomenda que o locatário tente uma negociação com, no mínimo, 90 dias de antecedência da previsão do reajuste, pois caso a negociação não dê certo há tempo para que o inquilino procure por uma nova opção.