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SÃO PAULO – Os dados do Payroll norte-americano – referentes ao número de postos de trabalho criados em novembro -, além da taxa de desemprego, vieram ligeiramente em linha com o mercado. A LCA considera o resultado favorável, mas vê o ritmo de expansão do emprego como insuficiente para sustentar uma recuperação nos Estados Unidos.
O analista da Cruzeiro do Sul Corretora, Jason Vieira, aponta o mercado de trabalho como o principal entrave a ser superado para a economia deslanchar. No mês, a quantidade de desempregados caiu de 9% para 8,6%, e foram criados, no total, 120 mil novos serviços.
Peso sai da atuação do Estado
Novembro foi um período para observar que o corte de gastos do governo norte-americano já começa a funcionar. Foram 20 mil postos de trabalho a menos no setor público, enquanto a área privada criou 140 mil vagas.
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“O ganho de vagas privadas demonstra que o setor de serviços, o qual sozinho criou 146 mil vagas, é essencial à economia”, analisa Vieira. O aquecimento econômico no mercado de trabalho, para o especialista, deve trazer um movimento de queda nos juros, por conta de uma menor pressão inflacionária, alívio na relação entre dólar e real, além de alta no mercado acionário.
Economia norte-americana mais forte que a europeia
Para a LCA, os números apresentados demonstram que a economia dos EUA resiste à crise apresentada na Zona do Euro, e que ela “deverá escapar de uma recaída recessiva”, diz o relatório. Para que a expansão do PIB (Produto Interno Bruto ) fosse mais expressiva, entretanto, seria necessária uma melhora da confiança no país, que impulsionaria o consumo das famílias.
A projeção da consultora é de um crescimento pouco abaixo dos 2% em 2012. “A maior economia do mundo deverá continuar a crescer em ritmo inferior a seu estimado potencial”, completa.