Iguatemi (IGTI11) vê ambiente de fusões e aquisições a seu favor; ações fecham em alta de 2,33% após balanço

Com 100% da capacidade dos shoppings e a melhora nas vendas, empresa já está revendo os descontos do repasse do IGPM nos contratos

Felipe Alves Felipe Moreira

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A empresa de shoppings Iguatemi (IGTI11) enxerga um “ambiente competitivo para M&A” (fusões e aquisições) “a seu favor neste momento”, segundo afirmou a CEO da empresa, Cristina Anne Betts, durante teleconferência com analistas.

Com melhora da receita no 4º trimestre e alavancagem baixa, a ideia é manter espaço no balanço para olhar oportunidades que estão aparecendo, apesar de o momento de taxa de juros não ser o melhor e a empresa ter que elevar a alavancagem para comprar algo interessante, acrescentou.

“Alguns players, especialmente fundos imobiliários, ficam mais reticentes nesse momento de alta de taxa de juros. Nós sempre fomos muito disciplinados na alocação de capital da companhia, mas estamos acostumados com volatilidade”, afirmou Cristina.

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As ações da empresa fecharam com alta de 2,33%, a R$ 17,98, na sessão desta quarta-feira (16).

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Contratos com lojistas

Com 100% da capacidade de operação dos shoppings e a melhora nas vendas no 4T21, a Iguatemi já está revendo os descontos do repasse do IGPM nos contratos de aluguéis com lojistas.

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Durante a pandemia, muitas empresas congelaram ou reduziram de forma temporária os repasses do IGPM nos contratos de aluguel como forma de amenizar as perdas durante a pandemia.

Segundo Cristina Anne Betts, diretora da Iguatemi, a revisão já está sendo feita no primeiro trimestre de 2022. “Estamos olhando as oportunidades de remoção dos descontos no primeiro trimestre deste ano”, afirmou.

Quarto trimestre forte

Durante a teleconferência, Cristina Anne Betts, também destacou que o “quarto trimestre foi marcado por um ótimo resultado”, ressaltando que os indicadores registraram “forte melhora, com crescimento de vendas, aumento na receita de aluguel e queda da inadimplência”.

Dos 16 empreendimentos da empresa, 14 já superaram em 2021 as vendas de 2019. “Tivemos melhora em todas as categorias, que registraram melhora expressiva em suas vendas. Continuamos apostando no nosso modelo omnichannel e na complementaridade desses canais com o nosso segmento físico”, destacou Cristina. Segundo ela, a companhia segue “muito otimista” para os próximos meses.

Análise do balanço Iguatemi (IGTI11)

O Bradesco BBI avaliou que Iguatemi apresentou resultados decentes no 4T21, com fluxo de caixa operacional (FFO) principalmente em linha com as expectativas, mas um crescimento decente de dois dígitos em relação a 2019 e melhorias marginais nos principais dados operacionais, como inadimplência e taxas de ocupação, indicam uma tendência positiva.

Os analistas do banco gostaram das novas informações do I-Retail e do Iguatemi 365, que devem permitir que o mercado acompanhe seu ramp-up de receita para geração de Ebitda, que enxergam potencialmente empatar no futuro próximo.

O banco mantém avaliação outperform para Iguatemi, com preço-alvo de R$ 32,00.

Bom início de 2022

Para o Itaú BBA, a Iguatemi teve um Ebitda decente no 4T21 e bom início de 2022. Segundo a casa, a combinação de maior crescimento de receita e melhores margens na divisão de varejo levou a uma boa batida do Ebitda no trimestre, embora o fluxo de caixa provenientes das operações (FFO, na sigla inglês) tenha sido prejudicado por um resultado financeiro mais pesado. A empresa também divulgou fortes números operacionais preliminares para o início do ano.

Os aluguéis mesmas lojas (SSR, na sigla em inglês) da empresa (líquido de descontos) atingiu sólidos 47% até agora nos 2M22 (vs. níveis de 2019), sugerindo que a empresa está acelerando o ritmo de retiradas de descontos.

O banco mantém classificação market perform para Iguatemi, e preço-alvo de R$ 23,80.

Melhor por vir

A empresa teve resultados fortes, com os “melhores ainda por vir”, avaliou o Credit Suisse. Para a instituição, a empresa apresentou forte resultado financeiro no 4T21, superando as estimativas e reforçando a qualidade de seu portfólio e alto poder de barganha junto aos lojistas.

Conforme anunciado anteriormente, a redução dos descontos aceleraria no 1T22, o que resultou em aluguéis mesmas lojas (SSR, na sigla em inglês) de 47% para janeiro e fevereiro vs. 2019.

Analistas do banco enxergam a avaliação da Iguatemi descontada, negociando a um P/FFO 2023 de 9,5x, um desconto de 10% em relação à média dos pares, reforçando a visão positiva para a ação.

Além disso, a empresa está ativa na atividade de M&A, conforme discutido recentemente, o que poderia desencadear o preço da ação.

O banco mantém classificação outperform para Iguatemi, e preço-alvo de R$ 26,60.

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