Ibovespa zera e fecha estável com piora em Nova York; dólar recua 1,5%

Na máxima do dia, o índice se aproximou dos 116 mil pontos; investidores seguem cautelosos com guerra na Ucrânia

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A Bolsa brasileira perdeu fôlego na última hora de negociações fechando praticamente estável, mas com tendência de baixa, após as negociações de cessar fogo entre as delegações da Ucrânia e da Rússia não terem mostrado evolução significativa hoje. O Ibovespa fechou com uma ligeira queda 0,01%, aos 115.165 pontos, depois de oscilar entre 115.009 e 115.947. O volume financeiro foi de R$ 31,5 bilhões.

O destaque positivo ficou com as ações da Cielo (CIEL3), que saltaram 5,26%, seguidas por IRB (IRBR3) e CSN (CSNA3), com altas de 5,16% e 5,01%, respectivamente. A alta do minério de ferro na China impulsionou os papéis das mineradoras.

Os destaques negativos ficaram com Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3) que caíram, respectivamente, 4,71% e 4,17%, seguidas pela Americanas (AMER3), com queda de 4,16%.

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Segundo analistas da Ativa Investimentos, as ações de empresas ligadas ao setor de turismo seguem sendo impactadas negativamente pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Já as ações de varejistas voltam a sofrer pressão da alta dos juros, diante do maior risco de inflação.

O dólar ignorou novamente as tensões entre Ucrânia e Rússia e seguiu ladeira em relação ao real, alimentado pelo fluxo intenso de capital externo para a B3 e para a renda fixa.

A moeda americana fechou em queda de 1,55%, a R$ 5,028, após oscilar entre R$ 5,021 e R$ 5,115.

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A valorização das commodities aumenta a pressão inflacionária, o que deve forçar o Copom elevar a Selic para 13% até o fim do ano, o que torna o “carry trade” ainda mais atraente para o estrangeiro.

Os juros futuros fecharam em alta, com mais intensidade na ponta mais curta da curva. Com a perspectiva de aumento nos preços das commodities, em meio à guerra da Ucrânia, é  provável que a inflação deixe a Selic terminal mais próxima de 13%.

Ao final da sessão da estendida: DIF23, + 0,19 pp, a 12,85%; DIF25, + 0,20 pp, a 11,80%; DIF27, + 0,09 pp, a 11,55%; DIF29, +0,06 pp, a 11,66%.

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Nos EUA, as bolsas aprofundaram as perdas, após a Casa Branca anunciar outra rodada de sanções às elites financeiras russas. Na frente econômica, os pedidos de seguro-desemprego da semana passada chegaram a 215.000. Isso foi inferior aos 225.000 esperados pelos economistas.

A Nasdaq teve baixa de 1,56%, aos 13.573 pontos. Já o índice Dow Jones caiu 0,28%, aos 33.794 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,52%, aos 4.363 pontos.

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