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SÃO PAULO (Reuters) -O Ibovespa fechou em alta robusta nesta quarta-feira, superando os 153 mil pontos pela primeira vez na história, com apoio de blue chips, em meio a noticiário corporativo intenso e expectativa sobre a sinalização do Banco Central para a taxa Selic.
As bolsas nos Estados Unidos também fecharam a sessão no azul, o que referendou a performance positiva na B3, em dia também marcado pelo declínio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,72%, a 153.294,44 pontos, novo topo de fechamento, completando 11 sessões seguidas com sinal positivo.
A última série de 11 ganhos acontecera em julho de 2024. Uma sequência maior só foi registrada entre maio e junho de 1994, com 15 altas consecutivas.
Na máxima desta quarta-feira, o Ibovespa alcançou 153.583,19 pontos, novo recorde intradia. Na mínima, registrou 150.296,28 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$25,669 bilhões.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga sua decisão após o fechamento, com as expectativas no mercado apontando manutenção da taxa básica de juros brasileira em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas.
Investidores estarão especialmente atentos ao comunicado, uma vez que o BC vem adotando uma sinalização ainda restritiva em termos de política monetária, mas no mercado há previsões de um corte na Selic no começo de 2026.
Na visão de economistas do Citi, tal discurso precisará ser ajustado para uma postura mais neutra até o fim do ano, caso o BC pretenda iniciar cortes no início do próximo ano.
Para economistas do Itaú chefiados pelo ex-diretor do BC, Mario Mesquita, o Copom pode mencionar alguma melhora na inflação atual, mas não deve alterar sua sinalização de manutenção da taxa em 15% ao ano por um período prolongado.
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Como argumentos para tal visão, eles citam a desancoragem das expectativas, a resiliência do mercado de trabalho e as projeções de inflação acima da meta, conforme relatório enviado pelo Itaú a clientes mais cedo.
DESTAQUES
- VALE ON (VALE3) subiu 1,72%, descolada dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado caiu 0,26%.
- PETROBRAS PN (PETR4) avançou 1,98%, também na contramão do declínio do petróleo no exterior.
- ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) subiu 0,43%, após reportar lucro líquido de R$11,9 bilhões no 3º trimestre.
- BRADESCO PN (BBDC4) valorizou-se 2,12%, BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) teve elevação de 2,75%, BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) subiu 1,53% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) teve acréscimo de 2,75%.
- C&A MODAS ON (CEAB3) saltou 8,51%, com lucro líquido de R$69,5 milhões no 3º trimestre.
- GPA ON (PCAR3) fechou no zero, após divulgar lucro líquido de R$137 milhões e plano de corte de custos.
- PRIO ON (PRIO3) avançou 2,88%, após divulgar lucro líquido de US$64 milhões.
- CSN ON (CSNA3) recuou 4,6%, mesmo após Ebitda de R$3,3 bilhões. CSN MINERAÇÃO ON (CMIN3) caiu 0,17%, com lucro líquido de R$696 milhões.
- USIMINAS PNA (USIM5) subiu 0,73%, após notícia de venda de participação da Nippon Steel e Mitsubishi para a Ternium.
- KEPLER WEBER ON (KEPL3), fora do Ibovespa, disparou 7,46%, após proposta da A-AG Holdco para combinação de negócios.
