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Ibovespa bate novo recorde acima dos 153 mil com aval externo e atenção ao Copom

De acordo com o analista técnico Gilberto Coelho, da XP, o Ibovespa está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e vai renovando máximas históricas

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) -O Ibovespa fechou em alta robusta nesta quarta-feira, superando os 153 mil pontos pela primeira vez na história, com apoio de blue chips, em meio a noticiário corporativo intenso e expectativa sobre a sinalização do Banco Central para a taxa Selic.

As bolsas nos Estados Unidos também fecharam a sessão no azul, o que referendou a performance positiva na B3, em dia também marcado pelo declínio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,72%, a 153.294,44 pontos, novo topo de fechamento, completando 11 sessões seguidas com sinal positivo.

A última série de 11 ganhos acontecera em julho de 2024. Uma sequência maior só foi registrada entre maio e junho de 1994, com 15 altas consecutivas.

Na máxima desta quarta-feira, o Ibovespa alcançou 153.583,19 pontos, novo recorde intradia. Na mínima, registrou 150.296,28 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$25,669 bilhões.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga sua decisão após o fechamento, com as expectativas no mercado apontando manutenção da taxa básica de juros brasileira em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas.

Investidores estarão especialmente atentos ao comunicado, uma vez que o BC vem adotando uma sinalização ainda restritiva em termos de política monetária, mas no mercado há previsões de um corte na Selic no começo de 2026.

Na visão de economistas do Citi, tal discurso precisará ser ajustado para uma postura mais neutra até o fim do ano, caso o BC pretenda iniciar cortes no início do próximo ano.

Para economistas do Itaú chefiados pelo ex-diretor do BC, Mario Mesquita, o Copom pode mencionar alguma melhora na inflação atual, mas não deve alterar sua sinalização de manutenção da taxa em 15% ao ano por um período prolongado.

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Como argumentos para tal visão, eles citam a desancoragem das expectativas, a resiliência do mercado de trabalho e as projeções de inflação acima da meta, conforme relatório enviado pelo Itaú a clientes mais cedo.

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