Ibovespa zera ganhos e dólar vira para alta com investidores digerindo termos do acordo EUA-China

Mercado registra ganhos diante de um cenário internacional menos conturbado e dados positivos da economia brasileira

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa zerou ganhos nesta sexta-feira (13) depois da comunicação oficial da China e do presidente americano, Donald Trump, confirmarem que os dois países chegaram a um acordo comercial por escrito. Além do tradicional fenômeno do “sobe no boato, cai no fato”, os investidores também digerem os termos que foram assinados.

O acordo comercial tem nove capítulos. Entre eles estaria escrito que a maior economia da Ásia concorda em implementar um aumento das importações de produtos agrícolas dos EUA e de outros países assim que possível. Também se fala no aumento da cooperação dos americanos com os chineses em combustíveis e energia.

Por outro lado, Trump destacou que as tarifas de 25% sobre mercadorias da China se mantém. As tarifas adicionais de 15% que entrariam em vigor neste domingo (15), nos EUA, foram canceladas.

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Às 13h04 (horário de Brasília) o Ibovespa tinha leve queda de 0,1%, a 112.088 pontos.

Já o dólar comercial sobe 0,46% a R$ 4,1085 na compra e a R$ 4,1103 na venda. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava ganhos de 0,35%, a R$ 4,107.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai dois pontos-base a 4,53% e o DI para janeiro de 2023 recua cinco pontos a 5,71%.

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Mais cedo, a Bolsa tinha virado para queda após o presidente americano, Donald Trump, afirmar nas redes sociais que a notícia do Wall Street Journal de que o acordo comercial com a China já estaria acertado com redução de 50% nas tarifas existentes contra produtos chineses são “completamente equivocadas”.

Também anima o mercado a vitória do Partido Conservador de Boris Johnson nas eleições gerais do Parlamento Britânico, o que permitirá que o Reino Unido deixe a União Europeia em 31 de janeiro de 2020 com acordo.

Entre os indicadores, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 0,17% em outubro na comparação mensal, quase em linha com a estimativa mediana dos economistas compilada no consenso Bloomberg, que era de crescimento de 0,2%.

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Na base anual, o crescimento da economia foi de 2,13% naquele mês, acima das expectativas do mercado, que apontavam para avanço de 2%. O IBC-Br é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é o medidor oficial do desempenho da economia do País.

Brexit

No Reino Unido, o Partido Conservador de Boris Johnson obteve uma vitória maior que a projetada pela boca-de-urna. A contagem de votos indica que Johnson obteve 364 cadeiras, bem acima das 326 necessárias para formar a maioria de governo.

O Partido Trabalhista de Jeremy Corbin perdeu 42 cadeiras e conquistou 203 postos na Câmara dos Comuns. A participação foi de 67% do eleitorado. As bolsas da Ásia fecharam em forte alta e as bolsas europeias avançam em um rali, com o índice FTSE de Londres subindo acima de 1,50%.

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Noticiário corporativo

A operadora de telecomunicações Oi S.A. comunicou ontem (12) à CVM que seu novo diretor-presidente será Rodrigo Modesto de Abreu. Ele deverá assumir o cargo em 31 de janeiro de 2020, um dia após o atual diretor-presidente, Eurico Teles Neto, deixar o cargo.

Já a Suzano vendeu para a Klabin 14 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto, árvore usada como matéria-prima pelas indústrias de celulose. Em comunicado, a Suzano afirma que embolsará R$ 400 milhões com a venda das florestas de eucalipto à Klabin.

A Eletrobras e a Petrobras informaram que o seu rating foi alterado de estável para positivo pela agência americana Standard & Poor’s, que nesta semana melhorou a perspectiva da nota brasileira também de estável para positiva.

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Atenção ainda para a Via Varejo: a companhia anunciou no final do pregão de quinta-feira que a investigação interna que conduziu após receber em novembro denúncias anônimas encontrou indícios de fraude contábil que deve impactar o resultado em até R$ 1,4 bilhão. Com isso, as ações passaram de alta de 8% para queda de 3%.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.