Ibovespa oscila entre perdas e ganhos após quatro dias de alta, com investidores de olho no Copom

Ibovespa oscila no ínicio do pregão, com investidores de olho na decisão do Copom e no mercado externo

Vitor Azevedo

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O Ibovespa oscila entre altas e baixas nesta quarta-feira (8). Investidores brasileiros, além do mercado externo, dão destaque à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que divulga a partir das 18h30 (horário de Brasília) a nova taxa Selic – com projeção de alta de 1,5 ponto percentual, chegando a 9,25% ao ano.

Às 15h05, o benchmark da Bolsa avançava de 0,10%, a 107.666 pontos, após quatro sessões de ganhos. O dólar comercial recuava 1,31%, negociado a R$ 5,544 na compra e a R$ 5,545 na venda. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2023 cai 0,13 p.p. para 11,35%; DI para janeiro de 2025 recua 0,19 p.p. a 10,65%; e o DI para janeiro de 2027 cai 0,19 p.p. a 10,65%

Além da decisão do Banco Central, há também a questão da PEC dos Precatórios. Na noite de ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o da Câmara, Arthur Lira, afirmaram ter chegado a um acordo sobre a promulgação de parte PEC dos Precatórios, que será fatiada.

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A ideia, agora, é aprovar os pontos comuns apoiados pelas as duas casas, o que deve já abrir caminho fiscal para a proposta no orçamento de 2022, mas mantendo o chamado “pingue-pongue” para os que geram divergências.

Nos dados macroeconômicos, foi destaque, no Brasil a publicação das vendas do varejo de outubro, que recuaram 0,10%, ante expectativa de alta de 0,80%. “As atividades de varejo permanecem em tendência de queda em meio a persistente alta da inflação, a condições financeiras mais restritivas, ao aumento do endividamento das famílias e a mudança do gasto privado de bens para serviços”, comentou a XP Investimentos, em relatório.

Apesar do número mais fraco de vendas, a sinalização de uma queda da retomada econômica acaba, para alguns, sendo interpretado como algo positivo para a bolsa de valores, uma vez que deve diminuir a pressão da inflação e, com isso, da taxa de Juros.

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Nos EUA, os índices, por volta das 15h30, operam sem tendência exata, com o Dow Jones caindo 0,18% e o S&P 500 e a Nasdaq avançando, respectivamente, 0,07% e 0,40%.

De um lado, investidores estão otimistas para o avanço do acordo entre democratas e republicanos para aumentar o teto da dívida nos EUA. Ontem, o líder republicano no Senado, Mitch McConnel, sinalizou que o seu partido colaborará com os democratas, ao menos parcialmente, na questão. “Os títulos de dívida americanos são ativos livre de risco, e um default geraria uma cadeia de crescimento de risco para as bolsas internacionais”, explica Henrique Esteter, especialista de mercado do InfoMoney.

Do outro, porém, há incertezas quanto à variante Ômicron: a Pfizer afirmou que a variante “escapa” mais da imunidade criada pelo seu antígeno mas, ao mesmo tempo, defendeu que doses extras, segundo estudos, acabam totalmente com a ameaça. Além disso, a divulgação das ofertas de emprego JOLTs, com o país criando mais vagas de trabalho do que o esperado em outubro, pressionou os treasuries yields.

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Se os índices norte-americanos operam mistos, a Europa fechou em queda, após chegar a operar mista durante boa parte da manhã. Investidores acompanham a escalada das tensões entre Estados Unidos e a Rússia, após os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin discutirem, em tom tenso, a questão da Ucrânia. Biden chegou a afirmar que uma invasão poderia gerar respostas “para além da economia”.

Um problema com a Rússia é visto como empecilho ao continente europeu, uma vez que o país de Putin, recentemente, aumentou sua importância na economia regional por conta do crescimento do fornecimento do seu gás natural, em meio a uma alta dos preços.

O DAX, da Alemanha, caiu 0,80% no dia em que Angela Merkel deixou o posto de chanceler do país, após 16 anos. O FTSE, de Londres, recuou 0,03%. O CAC, da Paris, caiu 0,72% e o FTSE MIB, de Milão, 1,42%.

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Além da questão da Rússia, passou a pesar nos índices europeus, que estavam mais cedo majoritariamente em alta, a sinalização de que o Reino Unido pode aumentar de restrições impostas para frear o crescimento dos casos da covid-19, enquanto a solução com a vacina não vem.

A Ásia, por fim, surfou mais uma vez com as notícias positivas da Ômicron e, para além disso, com as sinalizações de que a China irá interferir no problema das grandes incorporadoras do país.

“A diminuição dos compulsórios e a implementação de autoridades para atuar dentro de incorporadoras apontam que o governo chinês pretende atua na questão. Isso vem trazendo um alivio para os ativos de risco da região, mesmo com as companhias, como a Evergrande, não pagando ou dando indícios de que irão pagar suas dívidas”, diz o especialista do InfoMoney.

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O índice Nikkei, do Japão, fechou em alta de 1,42%; o de Shangai, na China, subiu 1,17% e a Kospi, da Coréia do Sul, avançou 0,34%. O HSI, de Hong Kong, ficou estável – impactado ainda pela queda das ações da Evergrande e também pelas companhias de tecnologia, que ainda recuam com as possíveis interferências do Partido Comunista Chinês.

Radar Corporativo

O noticiário corporativo desta quarta-feira tem como destaque que o Tribunal de Contas da União pautou para hoje (8) a primeira análise sobre o plano de desestatização da Eletrobras (ELET3;ELET6). Além disso, a Cosan (CSAN3) aprovou o pagamento de dividendos.

Já a BRF (BRFS3) manteve em seu guidance estimativa de receita líquida de R$ 65 bilhões para o período de 2021 a 2024.

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Eletrobras

O Tribunal de Contas da União (TCU) pautou para esta quarta-feira a primeira análise sobre o plano de desestatização da Eletrobras. Mesmo com alguns alertas, o órgão de controle deve aprovar sem grandes alterações a proposta apresentada pelo governo.

A análise do processo foi dividida em duas etapas, sendo a primeira de “valuation”, pautada para a sessão de hoje, e a segunda com o modelo do edital da operação, que funcionará por meio de uma capitalização da estatal sem a participação do governo.

Com a aprovação da primeira parte, o gabinete do relator dará andamento ao restante do processo, ainda sem prazo para ser levado ao plenário. O governo pretende concluir a privatização no primeiro semestre do ano que vem.

BRF

A companhia de alimentos BRF mantém estimativa de receita líquida de 65 bilhões de reais para o período de 2021 a 2024.

Em dezembro do ano passado, a empresa também projetava receita de 65 bilhões de reais, mas para o intervalo entre 2021 e 2023.

A companhia ainda manteve a expectativa de investimentos até 2030 em, cerca de 55 bilhões de reais, incluindo os desembolsos realizados em 2021, com estabelecimento de limite prudencial de alavancagem financeira líquida de até 3 vezes.

Petrobras

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a Petrobras não está na lista de privatizações do primeiro governo Bolsonaro.

Guedes ainda reforçou que é favorável a fazer com a Petrobras o mesmo processo da Eletrobras. “O ciclo das grandes estatais no Brasil acabou”, enfatizou.

Cosan

A Cosan aprovou a distribuição de R$ 0,374619 por ação em dividendos intercalares, perfazendo o total de R$ 700 milhões.

Os referidos proventos terão como base de cálculo a posição acionária de 14 de dezembro. O pagamento dos dividendos ocorrerá no dia 28 de dezembro.

Bradesco

O Bradesco (BBDC3;BBDC4]) firmou ontem acordo de participação no programa de incentivos da Elo visando a incrementar as vendas de cartões da bandeira emitidos pelo Bradesco.

Segundo comunicado, o objetivo é aumentar o volume de transações nos cartões Elo. A vigência do contrato é de 10 anos contados a partir de 01 de janeiro de 2022.

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