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Ibovespa Futuro tem leve baixa com mercado seguindo repercussão de Copom e Fed

Redução da taxa Selic e manutenção dos juros nos EUA são alguns dos temas de maior destaque

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta quinta-feira (21), com investidores repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de cortar a taxa de juros em 0,50 ponto percentual e do Federal Reserve (Fed) de manter a taxa de juros inalterada nos EUA.

No comunicado da última quarta-feira (20), o BC brasileiro passou a se comprometer com apenas mais um corte da Selic de 0,50 ponto porcentual e mencionou um aumento nas incertezas domésticas e externas, sem fornecer detalhes adicionais, que deverão aparecer na ata.

Na agenda de hoje, agentes do mercado devem ficar de olho na divulgação do Boletim Macrofiscal, com revisão de projeção oficial do governo para o PIB. Na semana passada, a Reuters informou que o Ministério da Fazenda vai manter sua projeção de alta do PIB de 2024 em 2,2%. Na véspera, fontes disseram que o governo federal bateu martelo em um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento, a ser anunciado na sexta-feira, diante da necessidade de compensar gastos obrigatórios acima do esperado.

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No que diz respeito a temporada de balanços, depois do fechamento do mercado, Sabesp (SBSP3), Cemig (CMIG4) e CPFL (CPFE3) divulgam seus resultados.

Às 9h15 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com baixa de 0,15%, aos 130.230 pontos.

Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam com ganhos, ampliando os ganhos da véspera, quando o Federal Reserve (Fed) optou por manter a taxa de juros inalterada e reiterou a sinalização de três cortes de juros ainda neste ano, consolidando apostas de que o corte inicial virá em junho. O anúncio do Fed, que foi considerado mais “dovish” (brando) do que o esperado, levou Wall Street a novas máximas históricas de fechamento ontem.

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Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,24%, S&P Futuro avançava 0,40% e Nasdaq Futuro operava com alta de 0,86%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com baixa de 0,22%, cotado a R$ 4,964 na compra e na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) caía 0,10%, indo aos 4,965 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta generalizada após a decisão do Copom, que retirou o plural do guidance, mesmo que ainda apontando mais um corte de 0,50pp na próxima reunião, reforçando as expectativas de desaceleração no ritmo de redução da taxa Selic no meio do ano. O DIF25 opera alta de 0,06 pp, a 9,96%; DIF26, +0,06 pp, a 9,85%; a DIF27, +0,04 pp, a 10,05%; DIF28, +0,03 pp, a 10,32%; DIF29 +0,02 pp, a 10,50%.

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Os preços do petróleo operam com leve baixa, após sinais de que o Fed poderá manter as taxas mais altas durante mais tempo, prejudicando as perspetivas para a procura futura de combustível.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, impulsionados pelas expectativas renovadas de maior flexibilização da política monetária chinesa e melhores margens do aço.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar projeção de que cortará juros três vezes este ano e, ao mesmo tempo, deixar suas taxas inalteradas. Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, à nova máxima histórica de 40.815,66 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 2,41% em Seul, a 2.754,86 pontos, o Hang Seng avançou 1,93% em Hong Kong, a 16.863,10 pontos, e o Taiex registrou ganho de 2,10% em Taiwan, a 20.199,09 pontos.

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Os mercados europeus também operam em alta, com os investidores da região atentos às últimas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra, do Norges Bank e do Swiss National Bank. O Banco Nacional Suíço surpreendeu o mercado com a decisão de reduzir a sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 1,5%, dizendo que a inflação nacional deverá permanecer abaixo de 2% num futuro próximo.

Espera-se que o Banco de Inglaterra mantenha as taxas de juro inalteradas em 5,25% quando se reunir no final da sessão, mas economistas estarão à procura de sinais sobre quando poderá ocorrer o primeiro corte nas taxas.