Ibovespa futuro tem leve alta, acompanhando alívio com treasuries no exterior

Futuros americanos têm dia de respiro e commodities voltam a avançar, com corte de juros na China

Vitor Azevedo

(Shutterstock)

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O Ibovespa futuro abriu em alta, com o contrato futuro com vencimento em fevereiro avançando 0,49%, aos 109.335 pontos, por volta das 9h10 (horário de Brasília), acompanhando a maioria das bolsas internacionais. Vale destacar que, na véspera, o índice da bolsa brasileira teve alta firme de 1,26%, na contramão das bolsas de Wall Street,.

Nos Estados Unidos, por exemplo, os índices avançam no pré-mercado, se recuperando das quedas da véspera, impulsionados, principalmente, pelo alivio da alta dos rendimentos dos treasuries – o com vencimento em dez anos, que chegou a bater uma taxa de 1,90% nesta semana, opera hoje, por volta das 9h, a 1,843%. Os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq sobem, respectivamente,0,44%, 0,49% e 0,81%.

“Os mercados globais amanhecem mistos após mais um dia de quedas, que pressionaram as empresas de tecnologia, o que colocou o Nasdaq 100 em território de correção”, comenta a XP Investimentos, em seu morning call.

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Na Ásia, a tendência também foi de alta, com destaque para a notícia de que a China cortou mais uma vez sua taxa de juros, em 0,1 ponto percentual a de empréstimos com vencimento em um ano e em 0,05 ponto a de empréstimos com vencimento em cinco anos. O Nikkei, do Japão, avançou 1,11%. O HSI, de Hong Kong, teve alta de 3,42%. O Kospi, da Coréia do Sul, subiu 0,72%. O índice de Shangai ficou próximo da neutralidade, caindo 0,09%.

A decisão anticíclica do Banco Popular da China impulsionou o minério de ferro, que teve mais um dia de forte alta. No porto de Qingdao, a tonelada da commodity avançou 2,66%, a US$ 134,72. Em Dalian alta foi de 1,30%, a 742.000 iuanes, ou US$ 116,94.

Os índices europeus são únicos que operam sem tendência exata, após abrirem majoritariamente em baixa. Investidores digerem as falas da presidente do Banco Central Europeu, que sinalizou que a instituição tem mais espaço do que o Federal Reserve na luta contra a inflação, destacando que a alta dos preços na região não está tão acelerada quanto nos EUA, bem como a recuperação econômica.

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“É um sinal claro de que o BCE ainda não vê a necessidade de aumentar as taxas de juros este ano, enquanto os mercados estão apreçando 3 a 4 aumentos nas taxas de juros nos EUA”, comenta a XP Investimentos, em seu morning call.

O DAX, da Alemanha, avança 0,15% e o STOXX 600, de todo o continente, 0,12%. O FTSE, do Reino Unido, e o CAC 40, da França, porém, caem, respectivamente, 0,08% e 0,14%.

Alívio nos treasuries ajuda também curva de juros brasileira

“O alívio do dólar e dos juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, após excessos da véspera, quando a T-note de 10 anos tocou a máxima em dois anos, refletiram positivamente na curva de juros local e no Ibovespa”, comenta a XP.

Hoje, a curva de juros também abriu em queda. O contrato DI com vencimento em janeiro de 2023 cai seis pontos-base, para 11,99%. O para janeiro de 2025 recua nove pontos, indo a 11,21%. O para janeiro de 2029 tem baixa de oito pontos, a 11,35%.

O dólar comercial cai 0,36%, a R$ 5,445 na compra e a R$ 5,446 na venda. O futuro, por outro lado, tem alta de 0,15%, indo a R$ 5,462.

O mercado monitora, por aqui, ainda as notícias sobre as pressões de servidores públicos federais por aumentos – o presidente Jair Bolsonaro, que até então prometeu aumentar salário apenas de policiais, tem dois dias para sancionar o orçamento de 2022, que não engloba os pedidos do funcionalismo.

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