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Ibovespa Futuro tem baixa de 1% com reação a equipe econômica e mudança na Lei das Estatais; Fomc no radar

À tarde, as atenções se voltam para projeções dos membros do Fed sobre movimentos futuros, bem como falas do presidente da instituição

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera em expressiva baixa e caminha para terceira queda seguida nesta quarta-feira (14), com investidores digerindo novas declarações do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enquanto aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve.

Na véspera, o índice a vista registrou queda de 1,71% e passou a acumular perdas no ano, após o anúncio de que Aloizio Mercadante irá ocupar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Investidores ainda repercutem a aprovação relâmpago de mudanças na Lei das Estatais, que visibilizaram a ocupação da presidência do BNDES por Mercadante.

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Ibovespa hoje: os destaques do mercado ao vivo nesta quarta-feira

Às 9h30 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha baixa de 1,11%, aos 102.455 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos nesta quarta-feira (14), antes da decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos EUA.

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Segundo o monitor de juros do CME Group, quase 80% do mercado aposta em uma alta de 50 pontos-base nos juros. Assim, o Fed desaceleraria o ritmo de aperto monetário – foram quatro altas seguidas de 75 pontos-base.

O presidente do Fed, Jerome Powell, também fará um discurso nesta quarta-feira, dando mais pistas sobre o que está por vir do BC americano no próximo ano.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro avançava 0,01%, S&P Futuro subia 0,17% e Nasdaq Futuro tinha queda de 0,06%.

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Na agenda de indicadores, o IBC-Br, proxy do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,05% em outubro na comparação com setembro, informou nesta quarta-feira (14) o Banco Central do Brasil. A média dos analistas consultados pela Refinitiv esperava alta 0,50%.

Dólar

No câmbio, o dólar comercial operava com alta de 0,78%, cotado a R$ 5,356 na compra e R$ 5,357 na venda. Já o dólar futuro para janeiro tinha alta de 1,07%, a R$ 5,371.

No mercado de juros, os contratos futuros operam em alta novamente, repercutindo o anúncio de que o ex-ministro Aloizio Mercadante será o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável, a 13,66%; DIF25, +0,26 pp, a 13,91%; DIF27, +0,26 pp, a 13,60%; e DIF29, +0,25 pp, a 13,57%.

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Exterior

Os mercados europeus operam em baixa, com investidores globais digerindo novas leituras de inflação nos EUA e aguardando a decisão de política monetária do Federal Reserve dos EUA.

A inflação do Reino Unido ficou ligeiramente abaixo das expectativas em 10,7% em novembro, com o arrefecimento dos preços dos combustíveis ajudando a aliviar as pressões de preços, embora os altos preços de alimentos e energia continuassem a pressionar as famílias e empresas.

Na quinta-feira (15), serão divulgadas as decisões de política monetária do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta, após as bolsas de Nova York terem registrado na véspera um segundo dia de ganhos com uma  inflação ao consumidor mais baixa do que o esperado.

Os investidores também estão antecipando a próxima decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros. A maioria deles estão precificando um aumento de 50 pontos-base, uma ligeira queda em relação aos quatro aumentos anteriores.

No campo econômico, o Morgan Stanley elevou sua previsão de crescimento para China de 5% para 5,4% em 2023 em nota divulgada na manhã desta quarta.

Os preços do minério de ferro revertem queda das sessões anteriores e operam em alta, com esperanças de uma recuperação da demanda chinesa com o relaxamento das restrições do Covid-19.

As cotações do petróleo operam com leve baixa, depois que dados da indústria mostraram um grande aumento nos estoques de petróleo dos Estados Unidos, em vez do declínio previsto pelos analistas, reforçando os temores sobre o enfraquecimento da demanda, mesmo com o aperto na oferta.

Os estoques de petróleo dos EUA aumentaram cerca de 7,8 milhões de barris na semana encerrada em 9 de dezembro, segundo fontes do mercado citando dados do API, enquanto analistas consultados pela Reuters esperavam uma queda de 3,6 milhões de barris nos estoques.