Ibovespa Futuro sobe com perspectivas de recuperação econômica; dólar tem leve alta

Pré-market mostra desempenho levemente positivo com investidores à espera de indicadores e temporada de resultados

Ricardo Bomfim

Gráfico de cotações de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta segunda-feira (13) com o otimismo pela recuperação econômica em países que já passaram por suas quarentenas superando os temores a respeito da segunda onda do coronavírus. Ontem, Nova York teve seu primeiro dia sem mortes pela Covid-19 desde março.

Apesar disso, a Flórida teve no domingo seu maior número de casos em um só dia: 15.300 novas infecções. O risco é que regiões que mostrem forte avanço nos casos tenham que voltam a fechar a economia.

Vale lembrar que a temporada de resultados tem início nessa semana, com os grandes bancos americanos reportando seus balanços nos próximos dias.

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Às 09h11 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para agosto subia 0,77% a 100.720 pontos.

Já o dólar futuro para agosto tem leve alta de 0,18% a R$ 5,338. O dólar comercial sobe 0,22%, a R$ 5,3342 na compra e a R$ 5,3352 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai um ponto-base a 3,01%, o DI para janeiro de 2023 perde dois pontos-base a 4,07% e o DI para janeiro de 2025 recua dois pontos-base a 5,55%.

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Entre os indicadores, o Relatório Focus do Banco Central por aqui mostrou que economistas elevaram esta semana a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 de uma contração de 6,50% para uma queda menor, de 6,10%. Para 2021 foram mantidas as projeções de crescimento de 3,50%.

Já em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a expectativa subiu de aumento de 1,63% para 1,72% em 2020. As projeções de 2021 continuaram em avanço de 3,00%.

Para a taxa básica de juros Selic as expectativas foram mantidas em 2,00% em 2020 e em 3,00% para 2021.

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Por fim, as projeções para o dólar ao fim de 2020 continuaram em R$ 5,20, mas caíram de R$ 5,05 para R$ 5,00 em 2021.

Ainda no Brasil, o governo precisa encontrar soluções para o reequilíbrio financeiro de concessões atuais de logística e, ao mesmo tempo, aceitar outorgas menores nas previstas para 2020 e 2021.

Infraestrutura

A reação do governo será importante para encontrar soluções para o reequilíbrio financeiro de concessões atuais de logística e terá que aceitar outorgas menores nas previstas para 2020 e 2021, segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”.

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A reação do governo a desdobramentos da crise pode ajudar a determinar se e quantos competidores disputarão concessões de rodovias, portos, ferrovias e até aeroportos, vital para o plano do governo de levantar cerca de R$ 250 bilhões em investimentos nos próximos anos.

O problema mais visível é o reequilíbrio financeiro das concessões atuais, especialmente de rodovias e aeroportos, os mais atingidos pelas medidas de isolamento social. A busca por reequilíbrio, no entanto, deve encontrar resistência de órgãos de controle, como o TCU (Tribunal de Contas da União).

Com isso, alguns concessionários poderiam ficar de fora de novos leilões, uma vez que reúnem esforços para dar sustentação às concessões atuais.

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Cenário político

Em destaque no noticiário político, a Folha destaca que, há quase um ano e meio no cargo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), consolida-se para o Palácio do Planalto como o fiel da balança na relação entre governo e Congresso, evitando reagir e criticar Jair Bolsonaro (sem partido) quando o presidente da República é alvo da artilharia dos parlamentares. Segundo aliados, a estratégia é a reeleição à presidência da Casa.

Contudo, há quem já esteja incomodado com as articulações de Alcolumbre: alas de PSD, PSDB e MDB lideram as insatisfações, uma vez que teriam nomes para colocar na disputa.

Panorama corporativo

Os bancos públicos estão com apetite maior para dar suporte às pequenas e médias empresas que precisam de recursos para manter as atividades.

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O Banco do Brasil passou novamente a Caixa na concessão de crédito do Pronampe, voltado a pequenas empresas na pandemia. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo, o BB emprestou todo o novo limite de R$ 1,24 bilhão aberto pelo governo, chegando quase a R$ 5 bilhões. A Caixa liberou R$ 3,7 bilhões.

Entre os bancos privados, a atividade é muito menor. O Itaú, segundo o governo, começou a operar a linha na quarta e o Bradesco ainda testa sistemas. O Pronampe tem R$ 18 bilhões para oferecer a empresários, com a garantia do Tesouro, e já há defensores na Economia para que seja encorpado.

Já a Petrobras iniciou a fase vinculante do processo de venda da totalidade de sua participação de 51% na subsidiária Gaspetro, segundo comunicado enviado à CVM na sexta-feira à noite. informou a empresa em comunicado divulgado nesta sexta-feira.

Segundo a estatal, os potenciais compradores classificados para a nova etapa do desinvestimento receberão agora carta-convite com detalhes do processo, incluindo orientação para “due diligence” e envio das ofertas vinculantes. Além da Petrobras, a Gaspetro tem como acionista a japonesa Mitsui, com participação de 49%.

Ainda entre as ofertas de ações, a construtora Even contratou bancos para avaliar uma potencial oferta de uma de suas subsidiárias.

BTG Pactual, Itaú BBA, XP Investimentos e Banco Safra irão avaliar a potencial oferta da para potencial oferta de ações da subsidiária Melnick Even Desenvolvimento Imobiliário (Medi), segundo comunicado.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.