Depois do índice a vista fechar em baixa na véspera pelo 12º pregão consecutivo, na maior sequência de baixas desde que foi criado, em 1968 (ou seja, 53 anos), o Ibovespa Futuro opera com alta nesta quinta-feira (17), com esperanças de estímulos econômicos na China, após formuladores de políticas afirmarem que a China continuará a introduzir políticas para aumentar o consumo e promover o investimento na quarta-feira, após problemas econômicos crescentes com uma crise imobiliária prolongada, pressão deflacionária e crescimento mais lento nas vendas no varejo e na produção industrial.
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Ainda no radar dos investidores, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, concederá entrevista ao Poder 360, em Brasília, com transmissão ao vivo pelo canal no YouTube.
Às 9h24 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com valorização de 0,56%, a 118.475 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros operam com leve alta, à medida que investidores ainda digerem a ata do Fomc, que não descartou um possível aumento dos juros.
A ata da reunião de julho mostrou que as autoridades expressaram preocupação com a persistência da inflação e sugeriram que mais aumentos nas taxas de juros poderiam ser necessários, a menos que as condições melhorassem.
O Fed elevou as taxas em um quarto de ponto percentual para uma faixa de 5,25% a 5,5% após a reunião, seu nível mais alto em 22 anos. Boa parte dos agentes do mercado esperava que esse seria o aumento final deste ciclo de aperto monetário, mas a ata de quarta-feira indicou que as autoridades estão cautelosas em encerrar o ciclo ainda.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,14%, S&P Futuro tinha alta 0,25% e Nasdaq Futuro operava com alta de 0,29%.
Dólar
O dólar comercial opera com baixa de 0,43%, cotado a R$ 4,964 na compra e R$ 4,965. Já o dólar futuro para setembro recuava 0,37%, equivalente a R$ 4,984.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa, depois que taxas futuras de juros fecharam em alta na véspera, pressionadas pelas taxas de juros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries). O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,45%; DIF25, -0,03 pp, a 10,50%; DIF26, -0,02 pp, a 10,04%; DIF27, -0,01 pp, a 10,22%; DIF28, -0,01 pp, a 10,53%; DIF29 -0,04 pp, a 10,68%.
Exterior
Os mercados europeus operam em baixa generalizada, com investidores repercutindo a ata do Fed.
O banco central da Noruega elevou hoje sua taxa de juros em 25 pontos-base, para 4%, citando a resiliência da atividade econômica e um mercado de trabalho apertado.
O Norges Bank observou que o aperto da política monetária até agora está surtindo efeito e que as pressões sobre a economia estão diminuindo, com a inflação dos preços ao consumidor diminuindo, mas permanecendo elevada.
Ásia e Pacífico
Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria depois que a ata de julho do Fed dos EUA mostrou que as preocupações com a inflação persistiam, o que poderia levar a mais altas nos juros, ainda que diminuindo as perdas no final.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou praticamente estável, enquanto na China continental, o Shanghai Composite 300 caiu 0,43%. As perdas diminuíram com a fala do primeiro-ministro, Li Qiang, que sinalizou que o governo trabalhará para atingir os objetivos de crescimento do ano, o que ajudou a estancar as perdas das bolsas e a impulsionar o minério de ferro.
Ainda no radar, o Zhongzhi Enterprise Group Co., o banco chinês que administra US$137 bilhões e enfrenta uma crise de liquidez, planeja reestruturar sua dívida e contratou a KPMG LLP para uma auditoria de seu balanço, de acordo com a Bloomberg. Ao mesmo tempo, a incorporadora Country Garden Holdings se aproxima cada vez mais de um default de títulos públicos.
Já o Nikkei, do Japão, caiu 0,44%, para 31.626 pontos, seu nível mais baixo desde junho. O país viu sua balança comercial cair para um déficit em julho, de um superávit em junho.
O Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,23%, fechando em 2.519,85 pontos e registrou seu quinto dia consecutivo de perdas.
Na Austrália, o S&P/ASX 200, caiu 0,68%, seu nível mais baixo em mais de um mês, já que a taxa de desemprego do país subiu ligeiramente para 3,7% em julho.
Os preços do petróleo operam leves ganhos nesta quinta-feira, interrompendo temporariamente uma sequência de três dias de perdas, devido aos temores de desaceleração do crescimento na China e de possíveis novas altas nas taxas de juros dos EUA, enfraquecendo a demanda por combustível nas duas maiores economias do mundo.
Já os futuros do minério de ferro de Dalian subiram para o nível mais alto em mais de três semanas nesta quinta-feira, estendendo os ganhos para uma sexta sessão e em alta de mais de 4%, sustentados por esperanças renovadas de mais apoio político da China.
Os formuladores de políticas disseram que a China continuará a introduzir políticas para aumentar o consumo e promover o investimento na quarta-feira, após problemas econômicos crescentes com uma crise imobiliária prolongada, pressão deflacionária e crescimento mais lento nas vendas no varejo e na produção industrial.
A Analysys, no entanto, alertou que a perspectiva sombria da demanda em meio ao setor imobiliário em dificuldades e as iminentes restrições à produção de aço continuam a ser ventos contrários para os ingredientes siderúrgicos.