Ibovespa Futuro sobe com dados da China e início de reabertura de alguns países; dólar cai a R$ 5,17

Pré-market aponta para dia de ganhos depois da segunda maior economia do mundo ter queda menor que esperada no comércio exterior

Ricardo Bomfim

(Getty)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (14) após o comércio exterior da China apresentar números melhores que os esperados em março. As exportações da segunda maior economia do mundo caíram 6,6% e as importações recuaram “apenas” 0,9%, diante de projeções de baixas de 14% e 9,5% respectivamente.

Esses dados econômicos se coadunam com notícias um pouco mais esperançosas a respeito do coronavírus no mundo. A Itália começa hoje a abrir algumas atividades proibidas durante o período mais crítico do isolamento social como livrarias, papelarias e lojas de roupas infantis, além de algumas indústrias. Já a Espanha liberou o trabalho de pessoas que não podem fazer home office, mas apenas sob critérios rigorosos de segurança.

Por outro lado, na França, o presidente Emmanuel Macron estendeu a quarentena até 11 de maio após o país registrar 574 mortes pela Covid-19 em apenas 24 horas.

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Segundo a Universidade Johns Hopkins, 1,92 milhão de pessoas foram infectadas pelo coronavírus ao redor do mundo, das quais 582 mil nos Estados Unidos. O número de mortos pela doença passa de 119 mil no mundo.

Às 09h15 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro registrava ganhos de 1,82%, aos 80.675 pontos. Já o dólar futuro para maio tem baixa de 0,81% a R$ 5,165. O dólar comercial, por sua vez, apresenta alta de 0,29%, a R$ 5,1698 na compra e R$ 5,1705 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai 8 pontos-base a 3,68%, o DI para janeiro de 2023 tem queda de 8 pontos-base a 4,83% e o DI para janeiro de 2025 recua também 8 pontos-base a 6,49%.

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Por aqui, a Câmara dos Deputados aprovou o plano de auxílio a estados e municípios. A versão mais enxuta da proposta, costurada pelo relator Pedro Paulo (DEM-RJ), foi aprovada por 431 votos a 70, contrariando a posição do governo federal. Foi retirada do texto a possibilidade de endividamento de 8% da Receita Corrente Líquida para estados com garantia da União.

Mas a recomposição de perdas de arrecadação com ICMS e ISS pelo governo federal foi ampliada para seis meses. Agora, o texto segue para o Senado Federal, onde precisa de pelo menos 41 dos 81 votos totais para ser aprovado.

Entre os indicadores, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,35% em fevereiro na base mensal de comparação, ante estimativa de avanço 0,20%.

Hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu que o PIB brasileiro vai cair 5,3% este ano. No relatório divulgado em janeiro, antes dos efeitos da pandemia de covid-19 na economia brasileira, a previsão do FMI era que a economia brasileira cresceria 2,2% neste ano.

Nos EUA, o banco JP Morgan Chase, o primeiro a apresentar resultados do primeiro trimestre de 2020 nos Estados Unidos na manhã de hoje, informou que obteve um lucro de US$ 0,78 por ação no período, abaixo das expectativas do mercado, que eram de US$ 1,84 por ação.

Brasil tem mais de 300 mil casos

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UNB), que participam do portal Covid-19 Brasil, estimam que o país já tenha 313 mil pessoas infectadas pelo coronavírus, informa o jornal O Globo. O Brasil é um dos países que menos testam no mundo para o coronavírus e existe falta crônica de kits para testagem.

Os cientistas alertam que a saúde em São Paulo, que concentra a maioria dos casos e das mortes pelo coronavírus, pode entrar em colapso já na próxima segunda-feira, se não aumentar a adesão às medidas de isolamento social. Segundo o Ministério da Saúde, na noite de ontem o Brasil tinha 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes pelo coronavírus.

Noticiário corporativo 

A Eneva Energia comunicou na noite de ontem que a AES Tietê já tem conhecimento detalhado da proposta de aquisição feita pela empresa há mais de 40 dias. No começo de março, a AES Tietê classificou a oferta como hostil (não solicitada), mas as empresas continuam a negociar. A Eneva informou que discutirá a transação em uma reunião do seu Conselho em 21 de abril. A Eneva ressaltou aos acionistas da AES Tietê que a proposta, que prevê o pagamento de R$ 2,75 bilhões em dinheiro, mais a troca de 91,9 milhões de ações, é “vantajosa”.

Já a rede de laboratórios Instituto Hermes Pardini informou que captará R$ 200 milhões com o Itaú Unibanco e o Santander para reforçar seu caixa.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.