Ibovespa Futuro sobe com atenção ao IPCA antes de inflação nos EUA

Petrobras segue no radar, com presidente Lula defendendo que recursos destinados a dividendos sejam transformados em investimentos

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em alta nesta terça-feira (12), com repercussão aos dados de inflação no Brasil, enquanto as atenções se voltam para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos que podem confirmar quando o Federal Reserve (Fed) deve cortar os juros. Na véspera, o índice à vista fechou com um recuo de 0,75%, aos 126.124 pontos, no menor patamar do ano até agora.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, acelerou para 0,83% em fevereiro, após subir 0,42% em janeiro. No ano, o IPCA acumula alta de 1,25% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%. Em fevereiro de 2023, a variação havia sido de 0,84%. Os dados ficaram acima do esperado, pois o consenso LSEG de analistas estimava inflação de 0,78% na comparação mensal e de 4,44% em 12 meses.

Enquanto isso, a Petrobras (PETR4) segue no radar, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendendo que recursos destinados a dividendos sejam transformados em investimentos. Na véspera, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que os recursos da companhia que foram destinados pelo conselho a uma conta de contingência tem destinação própria, que é a distribuição de dividendos no momento adequado.

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Às 9h10 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com valorização de 0,67%, aos 128.360 pontos.

Ainda na cena nacional, as projeções dos analistas para a inflação de 2024 e para a evolução do PIB no ano subiram ligeiramente nesta semana, segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Relatório Focus do Banco Central.

Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em baixa, com investidores à espera da do índice de preço ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de fevereiro, com consenso LSEG prevendo alta de 0,4% na base mensal e de 3,1% na base anual.

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Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,04%, S&P Futuro avançava 0,22% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,44%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com baixa de 0,10%, cotado a R$ 4,974 na compra e na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) caía 0,17%, indo aos 4.977 pontos.

No mercado de juros, os contratos futuros recuam em bloco na sessão de hoje. O DIF25 opera com baixa de 0,01 pp, a 9,86%; DIF26, -0,02 pp, a 9,68%; a DIF27, -0,03 pp, a 9,90%; DIF28, -0,02 pp, a 10,18%; DIF29 -0,02 pp, a 10,38%.

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Os preços do petróleo operam com ganhos, uma vez que o mercado aguarda relatórios mensais das agências petrolíferas.

As cotações do minério de ferro na China fecharam novamente em baixa nesta terça-feira, com decepção com demanda chinesa.

Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, à espera de novos dados de inflação dos EUA que podem influenciar os planos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de quando começar a cortar juros. Liderando os ganhos na região asiática, o índice Hang Seng saltou 3,05% em Hong Kong, a 17.093,50 pontos, impulsionado por ações de tecnologia.

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Já o Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com ligeira baixa de 0,06%, a 38.797,51 pontos, em meio à especulação persistente de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) se prepara para começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia.

Os mercados europeus operam em alta, enquanto os investidores globais aguardam o último relatório de inflação dos EUA. Já o crescimento salarial regular do Reino Unido foi de 6,1% no período de novembro de 2023 a janeiro de 2024, disse o Office for National Statistics na terça-feira. Já os analistas observaram que é improvável que o dado atrapalhe as expectativas de que o Banco da Inglaterra comece a cortar as taxas de juros em meados do ano.