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Ibovespa futuro sobe após queda de 1,43% na véspera; dólar chega a R$ 5,20

Investidores vão acompanhar mais um discurso do presidente do Fed, em busca de pistas sobre aperto monetário nos EUA

Mitchel Diniz

(Getty)

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O Ibovespa futuro começa a quinta-feira (23) em alta, após levar um tombo de 1,43% no fechamento de ontem, quando o mercado à vista já havia encerrado as negociações. Especulações de que governo estuda voucher para caminhoneiros de R$ 1 mil (ante ideia inicial de R$ 400), aumentaram a percepção de risco fiscal para os investidores e impactaram os negócios do after hours.

O pré-mercado em Nova York opera com ganhos agora e pode dar algum respaldo à Bolsa brasileira, assim como os índices europeus, que zeraram perdas e passaram a operar no azul. Hoje os investidores vão acompanhar um novo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Comitê sobre Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos EUA (às 11h de Brasília). Ontem, no Senado americano, Powell manteve o tom hawkish de que o BC dos EUA está preparado para subir juros em território contracionista caso isso seja necessário para controlar a inflação.

Às 9h24 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para agosto operava em alta de 0,54%, aos 101.270 pontos.

O dólar comercial sobe 0,42% a R$ 5,198 na compra e R$ 5,199 na venda. O dólar futuro para julho caía 0,03%, a R$ 5,207.

Os juros futuros operam com tendência de alta nos contratos mais longos e baixa nos mais curtos: DIF23, + 0,02 p.p, a 13,56%; DIF25, + 0,02 pp, a 12,36%; DIF27, + 0,01 pp, a 12,28%; e DIF29, – 0,01 pp, a 12,44%.

Nos Estados, à espera da fala de Powell, o Dow Jones futuro tinha alta de 0,39%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq subiam, respectivamente, 0,59% e 0,78%.

Na Europa, uma série de índices de confiança do empresariado veio abaixo do que previa o consenso de mercado. No Reino Unido, o PMI industrial e de serviços ficaram em 53,4 em junho. Na Zona do Euro, o PMI de serviços foi a 52,8 e o industrial a 52. Já na Alemanha, o PMI de serviços atingiu 52,4 e o industrial, 53. Ainda que abaixo do esperado, os índices continuam acima de 50, indicando expansão.

“O crescimento econômico da zona do euro está vacilando, já que o vento a favor da demanda reprimida da pandemia diminuiu, tendo sido compensado pelo choque do custo de vida e pela queda da confiança dos negócios e do consumidor”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global, que realiza o levantamento.

O índice Stoxx 600 reduziu perdas e tinha uma ligeira queda de 0,04%.

A maioria das Bolsas asiáticas fechou no azul. Na China, as ações de empresas do setor financeiro e de tecnologia foram destaque de alta depois que o governo anunciou um programa de apoio às fintechs do país. Os dirigentes também prometeram estímulos às montadoras.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em baixa de mais de 1%, repercutindo a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos. O won, moeda coreana, recuou para o menor valor em relação ao dólar desde 2009.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Ontem tentou romper a mínima (98.400) e falhou, mas ainda sem mostrar força na compra também. Seguimos na indecisão, aguardando a continuidade na queda ou o sinal de reversão, já que o rompimento da semana passada foi esticado e fraco.”

Dólar

“Ontem foi mais um dia comprador que não deu continuidade nas barras de tentativa de correção, o que nos mostra que a tendência de curtíssimo prazo continua forte na compra. Está trabalhando em região de resistência e esperamos pelo rompimento do topo anterior ( R$ 5,300) ou do fundo anterior (R$ 4,700) para definição de tendência.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados