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Ibovespa Futuro sobe após forte queda da véspera, com repercussão de balanços e atento a dados nos EUA e no Brasil

Mercados também repercutem decisões de política monetária dos principais bancos centrais do mundo

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (28), repercutindo a temporada de balanços, com diversos anúncios da Vale (VALE3), além de olhar para a taxa de desemprego do mês de junho, enquanto aguardam dados de inflação nos Estados Unidos. Na véspera, cabe destacar, o índice à vista tinha caído 2,10%, muito por conta da queda das ações da Petrobras (PETR4).

A taxa de desemprego, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), ficou em 8,0% no mês de junho, ligeiramente abaixo da projeção de 8,1% do Itaú.

Às 9h13 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com valorização de 0,91%, a 121.325 pontos.

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Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam em alta, com investidores atentos à divulgação do deflator do consumo de fevereiro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed). O PCE subiu 0,2% em junho na comparação mensal, em linha com o esperado.

Os dados são de particular interesse depois que o BC dos EUA elevou as taxas de juros no início desta semana em um movimento amplamente esperado.

Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,33%, S&P Futuro avançava 0,59% e Nasdaq Futuro operava com alta de 1,01%.

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De volta ao cenário nacional, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 48,9 bilhões em junho, ante superávit de R$ 14,4 bilhões no mesmo mês de 2022, informou nesta sexta-feira (28) o Banco Central do Brasil.

Dólar

O dólar comercial opera com baixa de 0,81%, cotado a R$ 4,719 na compra e R$ 4,720 na venda. Já o dólar futuro para agosto caía 0,59%, equivalente a R$ 4,717.

No mercado de juros, os contratos futuros operam com baixa por toda a curva de juros. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com queda de 0,02pp, a 12,58%; DIF25, -0,05 pp, a 10,58%; DIF26, -0,05 pp, a 10,07%; DIF27, +0,07pp, a 10,14%; DIF28, -0,06 pp, a 10,38%; DIF29 +0,07 pp, a 10,54%.

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Exterior

A maioria dos mercados europeus opera com baixa, com os investidores digerindo uma semana de resultados corporativos e decisões dos principais bancos centrais do mundo, além dados econômicos da Alemanha e França.

Na véspera, o Banco Central Europeu (BCE) elevou novamente os juros em 25 pontos-base.

A economia da Alemanha não apresentou crescimento no segundo trimestre, segundo dados oficiais. Analistas esperavam que o país conseguisse um aumento de 0,1% no PIB. A maior economia da Europa contraiu 0,2% na base anual.

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O Produto Interno Bruto da França, por sua vez, cresceu 0,5% no segundo trimestre, mostraram estatísticas nacionais , bem acima da previsão de 0,1% em uma pesquisa da Reuters com economistas.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, depois que BOJ também manteve sua taxa juros, em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters.

O banco central do Japão disse que continuará permitindo que os rendimentos dos títulos do governo de 10 anos flutuem na faixa de mais e menos 0,5%.

No entanto, “fará o controle da curva de juros com maior flexibilidade, considerando os limites superior e inferior da faixa como referências, e não como limites rígidos, em suas operações de mercado”.

Na véspera, as notícias sobre as mudanças afetaram os mercados na véspera. Os rendimentos dos títulos do governo japonês de 10 anos saltaram para o nível mais alto desde 2014, enquanto o iene oscilou entre ganhos e perdas, enquanto os investidores especulavam se esse ajuste seria um precursor de mudanças mais drásticas na política monetária ultrafrouxa do Japão.

Na China, o Ministério da Habitação anunciou planos para facilitar a compra de imóveis. No entanto, os mercados ainda aguardam detalhes sobre a implementação.

As ações imobiliárias chinesas negociadas em Hong Kong, como Longfor, Country Garden e Greentown China, registraram alta nesta sexta-feira, fechando a semana com ganhos, depois de despencarem na segunda-feira devido a preocupações com dívidas.

Os preços do petróleo operam com baixa, uma vez que preocupações com a demanda pesaram contra os fortes dados econômicos, mas caminham para ganho semanal.

O petróleo subiu na sessão anterior, pois os temores de uma desaceleração econômica global foram atenuados por fortes relatórios de ganhos e dados econômicos dos EUA melhores do que o esperado.

As cotações do minério de ferro tiveram forte baixa nesta sexta-feira.