Ibovespa Futuro sobe após correção com investidores atentos a IPCA e decisão do Fomc; dólar futuro cai a R$ 4,87

Pré-market volta a mostrar ganhos apesar do feriado bancário que ocorre amanhã

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (10) depois de um dia de correção na véspera, quando o índice à vista caiu 0,92%. Hoje as atenções ficam voltadas à decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A expectativa é que a autoridade monetária mantenha a banda da taxa de juros entre 0% e 0,25% ao ano com sinalização de que os juros seguirão baixos em 2021.

Por aqui, foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que caiu 0,38%, deflação abaixo da expectativa mediana dos economistas compilada no consenso Bloomberg, que apontava por um recuo de 0,46%. Em abril, o IPCA caiu 0,31% ante março. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já na comparação com maio do ano passado, a inflação subiu 1,88%. A projeção dos economistas era de uma alta a 1,79%, contra um avanço de 2,4% em abril na mesma base de comparação.

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Às 09h07 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para junho tinha alta de 0,59% a 97.095 pontos. Vale lembrar que amanhã é feriado bancário e a B3 ficará fechada, o que pode levar investidores a zerarem posições perto do fechamento.

Já o dólar futuro para julho opera em queda de 0,68% a R$ 4,87.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 sobe seis pontos-base a 3,18%, o DI para janeiro de 2023 tem alta de seis pontos-base a 4,27% e o DI para janeiro de 2025 avança cinco pontos-base a 5,82%.

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Os investidores também repercutem as projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a economia global. A expectativa é de uma retração da economia global de 7,6% caso ocorra uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus. Se não houver uma segunda onda, a contração é de 6%, mas com a recuperação a níveis pré-crise só no final de 2021.

No Brasil, o Ministério Público Eleitoral (MPE) se mostrou favorável ao uso das provas das investigações das fake news nas ações contra Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Cenário político

No cenário político, o Ministério Público Eleitoral se manifestou favorável ao compartilhamento de provas do inquérito das fake news com as ações contra o Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A manifestação ocorreu após um pedido do PT, que pede a impugnação da coligação de Bolsonaro por abuso eleitoral no pleito de 2018.

Começou na terça-feira o julgamento das ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes pediu vistas. Não há uma nova data definida para a retomada do julgamento.

As ações foram ingressadas pela coligação “Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil” (Psol/PCB), do então candidato Guilherme Boulos, e pela coligação “Unidos para Transformar o Brasil” (Rede/PV), da então candidata Marina Silva. Os autores alegam que hackers atacaram um grupo de Facebook e acabaram beneficiando a chapa eleita.

OCDE

A OCDE divulgou as projeções de crescimento para 2020. Além do cenário de forte contração, a organização espera ainda a maior perda de renda da população em mais de cem anos e uma lenta recuperação.

A expectativa é de uma retração da economia global de 7,6% caso ocorra uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus, que já contaminou mais de 7,3 milhões de pessoas em todo o mundo. Se não houver uma segunda onda, a contração é de 6%, mas com a recuperação a níveis pré-crise só no final de 2021.

Para o Brasil, a OCDE prevê uma retração de até 7,4%, mas que pode chegar a 9,1% caso ocorra uma segunda onda de contágio pelo coronavírus.

Panorama corporativo

A atenção no ambiente corporativo está voltada para o ritmo de recuperação da atividade econômico em meio ao fim das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do coronavírus.

A pandemia do novo coronavírus deve acelerar a expansão do ensino a distância na graduação, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”. A expectativa da consultoria Educa Insights é que as matrículas na modalidade on-line superem a presencial em 2022. Antes da pandemia, a expectativa é que isso fosse acontecer só em 2023. Segundo último levantamento do Ministério da Educação, referente ao ano de 2018, o ensino superior privado tem 4,5% milhões de alunos em cursos presenciais e 1,8 milhão na graduação online.

Já a companhia área Azul registrou uma alta da demanda em maio na comparação com abril. A empresa terminou o mês passado com 115 voos diários. Segundo a companhia, houve uma alta de 51,6% na demanda e de 44,8% na oferta. Já a taxa de ocupação das aeronaves ficou em 72%, alta de 3,2 pontos percentuais.

A empresa informou ainda que espera ampliar sua malha de operações no próximo mês. A expectativa é chegar a 240 decolagens diárias nos dias de maior demanda.

A BR Distribuidora anunciou que o pagamento dos juros sobre capital próprio (JCP), que seria realizado até o dia 30 de junho, foi adiado para até o dia 30 de dezembro de 2020. A medida já era esperada. A companhia reforçou que o adiamento tem caráter “precaucional, em face das incertezas trazidas pela atual conjuntura”.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.