Ibovespa Futuro sobe antes de reunião do G-7 sobre coronavírus; dólar futuro tem leve alta

Pré-market mostra desempenho positivo diante da possibilidade de ação dos bancos centrais contra a desaceleração global

Ricardo Bomfim

(Getty)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (3) com os investidores atentos à conferência por telefone do G-7, na qual ministros da Economia das maiores potências globais discutirão um esforço conjunto para estimular a atividade econômica afetada pelo coronavírus.

A teleconferência será liderada pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.

Lá fora, os futuros dos índices americanos voltam a registrar ganhos depois da recuperação da véspera, que veio na esteira da pior semana para os mercados dos Estados Unidos desde a crise de 2008.

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Às 09h05 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa subia 0,49% a 107.830 pontos, enquanto dólar futuro para abril tinha leve alta de 0,09% a R$ 4,486. A moeda segue com ganhos em meio à expectativa cada vez maior dos investidores de que, assim como no exterior, o Banco Central brasileiro reduza a Selic em reação ao potencial enfraquecimento da economia por conta do surto de coronavírus.

No mercado de juros futuros o contrato DI para janeiro de 2022 caía 5 pontos-base a 4,39%, o DI para janeiro de 2023 tinha perdas de 3 pontos-base a 5,01% e o DI para janeiro de 2025 perdia 2 pontos a 5,91%.

A expectativa é de que os principais bancos centrais do mundo relaxem a política monetária para compensar as medidas tomadas pelos governos para conter a proliferação do vírus.

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A Austrália reduziu taxa de juros para um nível recorde e Donald Trump, presidente dos EUA, instou o Federal Reserve, a seguir o exemplo. Os casos de coronavírus continuam aumentando e superaram 5.000 na Coreia do Sul.

Noticiário corporativo 

No Brasil, em dia de poucos indicadores, prossegue a safra de balanços – a BRF publicou hoje seus resultados, registrando um lucro líquido de R$ 690 milhões no quarto trimestre de 2019.

Ainda no noticiário corporativo, destaque para a aprovação, pelos acionistas da Azul (AZUL4) do subarrendamento de 29 jatos bimotores E-195 para a Breeze Aviation dos Estados Unidos, e também para os resultados publicados ontem à noite pela construtora MRV (MRVE3).

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A Azul aprovou na noite de ontem o subarrendamento de 28 jatos bimotores E-195 da sua frota para a empresa americana Breeze Aviation. O objetivo da Azul é substituir sua frota inteira de E-195 por aviões E-2, uma versão mais econômica e moderna do jato bimotor da Embraer. Os E-195 restantes deverão ser arrendados para a companhia aérea LOT, da Polônia.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.