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Dólar cai a R$ 5,10 com falas de Campos Neto e exterior; baixa na semana é de 1%

Repercutiu nas mesas de operação entrevista concedida por Campos Neto ao Estadão, em que afirmou que não poderia antecipar novos cortes da taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano

Equipe InfoMoney

Notas de dólar (REUTERS/Gary Cameron)
Notas de dólar (REUTERS/Gary Cameron)

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O dólar à vista fechou a sexta-feira em baixa ante o real sob influência de uma série de fatores, como comentários sobre juros do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, venda de moeda por parte de exportadores e queda da moeda norte-americana no exterior, com receios sobre os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul também permeando os negócios.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista caiu 0,55%, a R$ 5,101 na compra e R$ 5,102 na venda, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caiu 0,59%, equivalente a 5.109 pontos. Na semana, a divisa acumulou baixa de 1,06%.

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Dólar comercial

Compra: R$ 5,101

Venda: R$ 5,102

Dólar turismo

Compra: R$ 5,142

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Venda: R$ 5,322

Leia mais: Tipos de dólar: conheça os principais e qual importância da moeda

O que aconteceu com o dólar hoje?

Em um dia de agenda de indicadores relativamente esvaziada, os condutores do mercado de câmbio no Brasil foram em sua maioria baixistas para o dólar. Após registrar a cotação máxima do dia às 9h00, de 5,1391 reais (+0,16%), o dólar perdeu força gradativamente, impactado por um conjunto de fatores.

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Em primeiro lugar, repercutiu nas mesas de operação entrevista concedida por Campos Neto ao Estadão, em que afirmou que não poderia antecipar novos cortes da taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano. Ele também defendeu que é prerrogativa da autarquia mudar sua orientação futura quando necessário e disse que a instituição precisa “de tempo, serenidade e calma para saber como as variáveis vão se desenrolar” até a próxima reunião.

“Campos Neto falou no sentido de que talvez não corte mais juros, e isso é favorável para o real em função da arbitragem”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. Com taxas de juros mais elevadas, o Brasil seguirá, em tese, atrativo ao capital internacional, o que traz pressão de baixa para o dólar.

Um segundo fator para a baixa do dólar, conforme Rugik, é que exportadores aproveitaram as cotações em níveis mais elevados para vender moeda.

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Por outro lado, havia certa cautela no mercado em relação aos desdobramentos, sobre a economia brasileira, do desastre provocado pelas chuvas no sul do país. Isso permeou tanto os negócios com juros futuros quanto as operações com moedas.

Durante a tarde a divisa dos EUA ainda renovou as mínimas no Brasil, ajudada pelo exterior, onde o dólar cedia ante boa parte das demais divisas.

Especificamente, o real era ajudado pela nova alta do minério de ferro no mercado internacional, em meio aos esforços recentes da China para sustentar seu setor imobiliário. O Brasil é um grande exportador da commodity.

Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,1011 reais (-0,58%) às 16h45, perto do fechamento.

Às 17h14, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,03%, a 104,470.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho.

(com Reuters)