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Ibovespa Futuro opera na contramão de NY e tem leve baixa antes de falas de Lula e Haddad

Decisão do BCE, PIB dos EUA, dados de inflação e resultados de Netflix e Tesla na agenda da semana

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera com ligeira baixa nesta segunda-feira (22), em início de semana carregada de reuniões de bancos centrais, dados econômicos e balanços corporativos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista ao Programa Roda Viva, da TV Cultura, às 22h, enquanto o presidente Lula tem evento para sanção da Lei Orçamentária Anual de 2024 e para lançamento do plano para impulsionar indústrias. Ainda no campo político, com o Congresso ainda em recesso, o foco se volta para a MP 1202, que restabelece o pagamento de contribuições previdenciárias. A decisão final sobre o tema, no entanto, deverá acontecer apenas após o fim do recesso legislativo, em 1º de fevereiro.

A projeção para a inflação de 2024 feita por analistas voltou a cair nesta semana, enquanto a estimativa para o PIB avançou levemente em ante a semana anterior, segundo dados divulgados nesta segunda pelo Relatório Focus do Banco Central.

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Às 9h14, (horário de Brasília) o índice futuro com vencimento em fevereiro operava com queda de 0,09%, aos 128.185 pontos.

Em Wall Street, índices futuros dos EUA operavam em alta, com investidores atentos a uma série de relatórios econômicos que serão divulgados nesta semana, incluindo dados do PIB na quinta-feira e os preços das despesas de consumo pessoal na sexta-feira. Ambos os relatórios poderão fornecer informações sobre a forma como o Fed encara o avanço da política monetária.

Na temporada de resultados, gigantes da tecnologia como Tesla, Netflix, Microsoft, Verizon, IBM e Intel divulgarão seus resultados nos próximos dias.

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Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,15%, S&P Futuro avançava 0,34% e Nasdaq Futuro registrava alta de 0,64%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial operava com alta de 0,14%, cotado a R$ 4,933 na compra e R$ 4,934 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,13%, indo aos 4.945 pontos. Enquanto isso, DXY, índice que mede a força do dólar perante à uma cesta de moedas, opera com baixa de 0,06%, a 103,23 pontos.

No mercado de juros, os contratos operavam majoritariamente em baixa. O DIF25 -0,01 pp, a 10,09%; DIF26, -0,02 pp, a 9,73%; a DIF27, -0,02 pp, a 9,86%; DIF28, 0,00 pp, a 10,12%; DIF29 0,00 pp, a 10,30%.

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Os preços do petróleo sobem à medida que os ventos econômicos contrários pressionaram as perspectivas da procura global de petróleo e superaram as preocupações geopolíticas no Oriente Médio e um ataque a um terminal de exportação de combustível russo no fim de semana.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, enquanto os investidores ponderavam sobre as perspectivas de demanda na ausência de uma flexibilização monetária esperada no principal consumidor, a China. Já o preço de referência do minério de ferro SZZFG4 de fevereiro na Bolsa de Cingapura recuava 0,46 %, a US$ 129,3 a tonelada.

Os mercados asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, com fortes quedas na China após a manutenção dos principais juros locais e nova máxima em quase 34 anos em Tóquio, antes de decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ).

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Os mercados europeus operam em alta, com as atenções voltadas para decisão de juros do BCE na quinta-feira. Todos os 85 entrevistados na pesquisa da Reuters não veem nenhuma mudança na taxa juros do bloco europeu, dada a resistência que houve por parte dos legisladores na semana passada. Quase metade dos analistas previu um primeiro corte para junho, com os futuros a sugerirem agora apenas uma probabilidade de 20% para março, mas ainda cerca de 80% para abril.