Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos, acompanhando indefinição no exterior; dados fracos na China pesam sobre negócios

Dólar abriu com tendência de alta e juros futuros recuam na ponta mais longa

Mitchel Diniz

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro opera próximo da estabilidade nos primeiros negócios desta segunda-feira (16), enquanto os mercados lá fora operam sem direção definida, impactados por dados fracos da economia chinesa. As commodities também se comportam de maneira distinta, com o minério de ferro em alta enquanto os preços do petróleo recuam. Enquanto monitoram os próximos passos do ciclo global de aperto monetário, os investidores também acompanham uma escalada de tensão entre Rússia e outros países europeus.

Os dados do varejo chinês, divulgados ontem pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONE), marcara uma queda de 11,1% em abril, comparando com um ano antes. Também foi o segundo mês consecutivo de baixa no segmento, que apresentou contração de 3,5% em março. A taxa de desemprego do país, por sua vez, subiu de 5,8% em março para 6,1% em abril, se reaproximando de seu pior patamar, o de fevereiro de 2020.

Em Xangai, alguns negócios reabriram nesta segunda-feira enquanto as autoridades apontam para uma retomada gradual das atividades, sem, contudo, anunciar como ela vai ser feita.

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Enquanto isso, o banco central da China (PBoC) não mudou as taxas de juros de referência, mesmo com a desaceleração da economia do país. Porém, reduziu a taxa de hipoteca para compradores do primeiro imóvel.

Às 9h19 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro operava com ligeira alta de 0,07%, ais 107.880 pontos.

O dólar comercial abriu com sinal positivo e avançava 0,22%, a R$ 5,608 na compra e R$ 5,069 na venda

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Os juros futuros ainda operam sem uma tendência definida, com os contratos mais longos em leve baixa: DIF23, +0,02 pp, a 13,50%; DIF25, +0,01 pp, a 12,64%; DIF27, -0,03 pp, a 12,37%; e DIF29, -0,02 pp, a 12,44%.

O preço do minério de ferro voltou a subir esta madrugada na Bolsa chinesa de Dalian. O contrato de maior liquidez fechou os últimos negócios em alta de 3,86%, a US$ 122,90. O mercado repercutiu um corte na taxa de empréstimos de hipotecas pelo Banco do Povo da China, o que estimula o mercado imobiliário.

Por outro lado, os outros indicadores fracos da economia chinesa, como a queda nas vendas do varejo e aumento na taxa de desemprego, pesam contra o petróleo, trazendo uma perspectiva de menor demanda pela matéria-prima. O barril do brent recuava 0,87%, a US$ 110,58 e o do WTI caía 0,74%, a US$ 109,65.

Os investidores repercutem os dados fracos da China, que reforçam a perspectiva de desaceleração da segunda maior economia do mundo. A semana também será marcada pela divulgação de indicadores da economia americana, como os números de varejo e produção industrial referentes a abril.

Para o varejo, o consenso Refinitiv aponta para uma alta de 0,9% na comparação com março. Já para a produção industrial é esperada variação mensal positiva de 0,4%, desacelerando o ritmo em relação à março (quando a atividade avançou 0,9%).

O mercado também segue atento a pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve em sua política de aperto monetário.

O Dow Jones futuro recuava 0,13%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq caíam 0,32% e 0,51%, respectivamente.

O pedido de entrada da Suécia e da vizinha Finlândia na Otan (Organização do Trato do Atântico Norte) foi condenado pela Rússia como um “grave erro” e aumenta as tensões com o governo de Vladimir Putin, em plena guerra na Ucrânia. O vice-ministro de relação exteriores russo, Serguei Riabkov, disse que a decisão poderá trazer “consequências de longo alcance”.

As retaliações contra a Rússia continuam: após mais de 30 anos, o McDonald’s anunciou que venderá lojas no país. A empresa tem 800 restaurantes no país e 62 mil funcionários, que deverão continuar recebendo salários até a venda se concretizar. A companhia já havia paralisado as operações na Rússia em decorrência da invasão à Ucrânia.

Na Zona do Euro, saiu agora de manhã o saldo da balança comercial de março, que ficou negativo em 16,4 bilhões de euros.

O índice Stoxx 600, que mede o desempenho de empresas de 17 países europeus, cai 0,30%.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

Fechou com um candle que mostra possibilidade de reversão da última queda. A confirmação acontece se o fechamento dessa semana for acima dessa barra. Ainda com tendência indefinida enquanto estiver acima do suporte de 100.000 e chegando em região de resistência nos 108.000/109.000 pontos.

Dólar

Não conseguiu se manter acima da resistência de R$ 5,130, porém, ainda sem força suficiente na venda para pensarmos em retomada da tendência mais longa. Enquanto estiver abaixo dos R$ 5,300 ainda considero como repique da última queda – e a confirmação de um novo movimento de baixa acontece com o rompimento do fundo anterior, em R$ 4,650.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados