O Ibovespa Futuro opera entre leves ganhos e perdas nos primeiros negócios desta terça-feira (11), com investidores repercutindo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho, que deve fornecer novas sinalizações sobre a provável trajetória da política monetária do Banco Central do Brasil, em semana que também pode ser decisiva para o Federal Reserve (Fed) devido à publicação da inflação ao consumidor norte-americano.
A inflação oficial do País registrou deflação de 0,08% em junho ante maio, 0,31 ponto percentual abaixo dos +0,23% do mês anterior. O consenso Refinitiv apontava para queda de 0,10% do índice em junho sobre o mês anterior, acumulando em 12 meses alta de 3,17%.
Na seara política, Eduardo Braga (AM), um dos possíveis relatores da proposta da reforma tributária no Senado, afirmou em entrevista ao Estadão, que existe a possibilidade de “fatiar” a proposta durante o processo de tramitação do texto na Casa.
Às 9h24 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto operava com leve queda de 0,11%, a 118.965 pontos.
Os índices futuros dos EUA operam com alta, após quebrar uma sequência de três perdas na sessão anterior, às vésperas da divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de junho.
O CPI de junho, previsto para ser divulgado na quarta-feira, bem como o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de junho, que será divulgado na quinta-feira, demonstrará se o declínio da inflação continuou e deixará mais claro os possíveis rumos da política monetária do Fed.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,15%, S&P Futuro avançava 0,21% e Nasdaq Futuro operava com baixa de 0,28%.
Dólar
O dólar comercial opera com alta de 0,14%, cotado a R$ 4,889 na compra e na venda. Já o dólar futuro para agosto caía 0,10%, equivalente a R$ 4,911.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta, repercutindo deflação do IPCA de junho. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com alta de 0,02 pp, a 12,84%; DIF25, +0,02 pp, a 10,80%; DIF26, +0,04 pp, a 10,18%; DIF27, +0,04 pp, a 10,21%; DIF28, +0,05 pp, a 10,39%; DIF29 +0,03 pp, a 10,53%.
Exterior
Os mercados europeus operam mistos, com destaque para a queda do FTSE 100. Isso após os dados de salários no Reino Unido mostrarem crescimento em sua taxa mais rápida já registrada nos últimos três meses até maio, subindo 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado, aprofundando as preocupações sobre a alta inflação arraigada.
O apertado mercado de trabalho do país deu sinais de abrandamento com a taxa de desemprego subindo inesperadamente de 3,8% para 4% nos três meses até abril, enquanto as vagas continuaram caindo.
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglẽs) alertou repetidamente que o alto crescimento salarial continua sendo um impedimento significativo aos seus esforços para reduzir a inflação.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com alta, acompanhando o movimento positivo de Wall Street na sessão anterior, quando os mercados americanos quebraram uma sequência de três dias de perdas.
O Banco Popular da China estenderá duas políticas financeiras de apoio ao seu mercado imobiliário até o final de 2024.
Já o sentimento do consumidor do Instituto Westpac-Melbourne da Austrália aumentou 2,7%, para 81,3, em relação à leitura de junho de 79,2, de acordo com um comunicado desta terça-feira.
Os preços do petróleo têm leve alta, com investidores focados nos cortes de oferta dos maiores exportadores de petróleo do mundo, Arábia Saudita e Rússia, e aguardando dados que possam ajudar a determinar a demanda.
Os preços caíram 1% na segunda-feira com expectativas mais altas de que novos aumentos nas taxas de juros dos EUA estão chegando e com os investidores obtendo lucro após o aumento de 4,5% da semana passada.