Após a forte alta do índice a vista na véspera, o Ibovespa Futuro abriu em baixa e amenizou as perdas logo nos primeiros negócios desta sexta-feira (25).
O mercado está atento à participação de Fernando Haddad, cotado para a equipe econômica do governo Lula, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, no almoço anual da Febraban.
Enquanto isso, a definição de um texto final da PEC da Transição segue no radar dos investidores. Boa parte da cúpula da transição estará em São Paulo nesta sexta-feira para uma reunião com Lula, incluindo o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin; a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; o senador Jaques Wagner (PT-BA) e outros negociadores no Congresso.
Em dia de sessão mais curta na Bolsa americana e agenda internacional esvaziada, as atenções também estarão voltadas para os dados sobre o investimento estrangeiro no Brasil e o relatório da Dívida Pública de outubro.
Às 9h24 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha leve queda de 0,04%, aos 112.940 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade nesta manhã, antes de um pregão mais curto, com fechamento às 15h (horário de Brasília) em dia de Black Friday.
O otimismo do mercado americano continua com expectativas de aumentos de juros menores no futuro. A ata do Fed da última quarta-feira sinalizou que o banco central está vendo progresso em sua luta contra a inflação alta e está procurando diminuir o ritmo de alta dos juros.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro sobe 0,16%, S&P Futuro avança 0,10% e Nasdaq Futuro tem queda de 0,15%.
Dólar
No câmbio, o dólar comercial opera com valorização de 0,26%, cotado a R$ 5,323 na compra e R$ 5,324 na venda, após cair mais de 1% na sessão passada. Já o dólar futuro para dezembro tem alta de 0,08%, a R$ 5,319.
O DXY que mede a performance do dólar diante de uma cesta de moedas opera em baixa nesta sexta-feira e caminha para uma queda semanal, com expectativa de desaceleração do ritmo aperto monetário do Fed.
No mercado de juros, os contratos futuros sobem em bloco, com exceção da ponta mais curta. O DIF23 (janeiro para 2023) opera estável, a 13,70%; DIF25, +0,04 pp, a 13,70%; DIF27, +0,06 pp, a 13,46%; e DIF29, +0,05 pp, a 13,46%.
Exterior
Os mercados europeus operam com ligeira baixa, enquanto investidores seguem repercutindo a última ata do Fed, que aumentou as expectativas de que o aperto monetário pode desacelerar.
Na agenda econômica da região, o PIB da Alemanha cresceu 0,4% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre e 1,3% na base anual, ligeiramente acima do previsto.
Agentes do mercado esperam que a maior economia da Europa entre em recessão, mas os dados sugerem que pode não ser tão grave quanto inicialmente projetado.
Ásia
A maioria dos mercados asiáticos fechou em baixa, sem referência das bolsas em Wall Stret, com preocupações crescentes com aumento dos casos de Covid na China.
No front econômico, o índice de preços ao consumidor de Tóquio subiu 3,6% em novembro em base anualizada, acima dos 3,5% esperados em uma pesquisa feita pela Reuters.
O indicador marca o ritmo anual mais rápido da capital do Japão desde abril de 1982 e significativamente acima da meta de inflação de 2% do Banco do Japão.
Além disso, após o fechamento do mercado, a China anunciou corte de taxa de compulsório bancário que injetará 500 bilhões de yuans na economia.
Cabe ressaltar que as ações da China foram a exceção subiram nesta sexta-feira, impulsionadas pelas incorporadoras imobiliárias após as últimas medidas do país para sustentar o setor, enquanto as ações de Hong Kong foram pressionadas por empresas de tecnologia.