Ibovespa futuro opera em alta, acompanhando exterior, com menor tensão no leste europeu

Bolsas internacionais sobem em bloco após autoridades russas afirmarem saída parcial das tropas da fronteira com a Ucrânia

Vitor Azevedo

(Getty Images)

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O Ibovespa futuro opera em alta no começo do pré-mercado desta terça-feira (15) – por volta das 9h10 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em março avança 0,55%, aos 114.525 pontos, acompanhando a performance das principais bolsas internacionais.

Lá fora, a tendência é de alta, com investidores mais tranquilos após sinalizações de que o problema na Ucrânia será resolvido pelas vias diplomáticas. O VIX, considerado o “índice do medo”, recua 7,24%.

A Rússia, pela madrugada, afirmou que começou a retirar parte de suas tropas do seu território que faz fronteira com a Ucrânia. “As unidades dos distritos militares Sul e Oeste, que já concluíram suas tarefas, começaram a carregar equipamentos para o transporte ferroviário e rodoviário e começarão hoje o retorno para seus quartéis”, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa Igor Konashenkov.

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Mais tarde, pelo início da manhã, o ministro do Exterior russo Sergey Lavrov voltou a afirmar que as conversas com o Ocidente continuam e que o diálogo permanecerá diplomático.

Mercados globais amanhecem positivos após o ministério de defesa russo anunciar que algumas tropas estão retornando para suas bases, amenizando as preocupações com um possível conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A notícia trouxe alívio”, comenta a XP Investimentos, em seu morning call. “Também entre os destaques positivos, notamos que Vladimir Putin deve se reunir com o chanceler alemão, Olaf Scholz, no que indica a continuação do diálogo entre a OTAN e Moscou”.

Nos Estados Unidos, os futuros do Dow Jones avançam 1,06%, do S&P 500, 1,41% e da Nasdaq, 1,95%.

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Por lá, além da Ucrânia, investidores monitoram os dados da inflação ao produtor, que saem às 10h30 – mesmo com a queda do petróleo, com o preço do barril Brent caindo 3,10%, a US$ 93,49, a curva de juros avança e o rendimento dos treasuries com vencimento em dez anos sobe 4,5 pontos-base, para 2,045%.

Na Europa, o DAX, da Alemanha, sobe 1,69%. O CAC 40, da França, tem alta de 1,69%. O FTSE do Reino Unido avança 1,66%. O STOXX 600, com companhias de todo o continente, registra melhora de 1,33%. Foi destaque na região a divulgação de que o PIB da zona do euro cresceu 0,3% no quarto trimestre, dentro do consenso.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em queda, antes da onda de otimismo por conta da diminuição das tensões na Ucrânia. O Nikkei, do Japão, recuou 0,79%. O HSI, de Hong Kong, caiu 0,82%. O Kospi, da Coréia do Sul, teve baixa de 1,03%.

O único dos principais índices da região que conseguiu fechar em alta foi o Shanghai, da China continental. A alta se deu, segundo notícias, após o Banco do Povo da China, o banco central do país, injetar mais US$ 45,19 bilhões na economia local para gerar liquidez e para sustentar o crescimento econômico.

A China, ao mesmo tempo que tenta impulsionar sua economia com liquidez, vem em uma empreitada para barrar a alta dos preços – o minério de ferro está sob forte ataque das autoridades, que investigam as oscilações de preço e vêm estudando taxas. No porto de Dalian, o preço da commodity despencou 9,98%, a 699.000 iuanes, ou US$ 110,06.

“O minério de ferro abre o dia em queda, com a notícia de que a bolsa chinesa vai dobrar as taxas de transação de alguns contratos futuros a partir de quarta-feira para tentar conter as suspeitas de manipulação de preços”, explicou a XP.

No Brasil, investidores monitoram balanços

No cenário interno, o Ibovespa futuro repercute, principalmente os balanços trimestrais. O Banco do Brasil ([ativo=BBSA3]) é destaque entre as divulgações, com analistas comentando que o banco trouxe, talvez, seu melhor resultado de todos os tempos, mas com outras avaliações de que seus números foram mistos. Itaúsa (ITSA4) e Raízen (RAIZ4) também surpreenderam positivamente.

A curva de juros brasileira cai em bloco. O rendimento do DI com vencimento em janeiro de 2023 recua quatro pontos-base, para 12,43%. No meio da curva, o DI para 2025 vê sua taxa recuar seis pontos, para 11,42%. Na ponta longa, os DIs para 2027 e 2029 caem, respectivamente, sete e seis pontos, para 11,31% e 11,49%.

O dólar futuro opera estável, a R$ 5,224. O comercial, por sua vez, tem baixa de 0,24%, a R$ 5,205 na compra e a R$ 5,206 na venda.

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