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Ibovespa futuro cai quase 2% e dólar sobe mais de 2%, em 1º pregão após Fomc e Copom

O índice se ajusta ao desempenho negativo do fechamento dos ADRs em NY na véspera, quando o Dow Jones Brazil Titans caiu 4,48%

Felipe Moreira

(shutterstock)

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Na volta do feriado de Corpus Christi e no primeiro pregão da B3 após a Super Quarta, quando ocorreram as decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, o Ibovespa futuro abriu com queda expressiva, recuando 2,14%, às 9h49, aos 102.924 pontos.

Assim, o índice acompanha o desempenho negativo do fechamento dos ADRs (American depositary receipts), negociados nas bolsas dos EUA, na véspera, quando o índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR fechou com queda de 4,48%.

O pregão na B3, desta sexta-feira, também será marcado pelo vencimento de opções de ações, o que traz uma volatilidade adicional aos negócios. Adicionalmente, o noticiário corporativo de Petrobras (PETR3;PETR4), que pode anunciar reajuste de preços ainda hoje, pode agitar o pregão.

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Na quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% para 13,25% ao ano na última quarta quarta-feira (15). Para a maioria, a decisão veio em linha com o esperado.

Contudo, o fato de o Banco Central ter citado no seu comunicado a expressão “para o redor da meta” para a convergência da inflação, mencionado o ano de 2024 na sua análise e deixando a porta aberta para um ajuste de igual ou menos magnitude no encontro de agosto, chamou atenção.

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O tom do comunicado foi considerado hawkish (preocupado com a inflação), mas o termo “ao redor da meta” indicaria uma postura dovish (menos preocupada com a inflação).

No mercado de câmbio, o dólar comercial subia 2,15%, a R$ 5,133 na compra e R$ 5,134 na venda. Também reagindo ao Copom, os juros futuros avançam: DIF23, +0,03pp, a 13,59%; DIF25, +0,02pp, a 12,70%; DIF27, +0,06pp, a 12,66%; DIF29, +0,08pp, a 12,78%; e DIF31, +0,09pp, a 12,87%.

Nos Estados Unidos, no pré-mercado, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e da Nasdaq sobem, respectivamente, 0,67%, 0,86% e 1,15%. Entretanto, na véspera, os mercados registraram forte quedas, com o Dow Jones perdendo 2,42%, o S&P500 caindo 3,25% e o Nasdaq desabando 4,08%.

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Recuperação após decisão do Fomc

Dessa forma, o movimento de alta é uma tentativa dos mercados se recuperarem em semana tumultuada, após o Fed elevar a quarta-feira sua taxa básica de juros em 75 pontos-base, sua maior alta desde 1994, antes de o Banco Nacional Suíço surpreender os mercados com sua primeira alta desde 2007 e o Banco da Inglaterra implementar sua quinta alta consecutiva.

Na Europa, a tendência é a mesma – os principais índices avançam, acompanhando o temor de que a instituição monetária americana irá acelerar seu processo de alta de juros. O DAX, da Alemanha, sobe 1,11%. O CAC 40, da França, avança 1,26%. O STOXX 600, de todo o continente, tem alta de 1,19%.

Na Ásia, a maioria das principais bolsas fecharam em baixa. A Nikkei, do Japão, e a Kospi, da Coreia do Sul, recuaram, respectivamente, 1,77% e 0,43%. Shanghai, da China continental, por outro lado, conseguiu fechar no verde, subindo 0,96%. Hong Kong fechou em alta de 1,10%.

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Por lá, o Banco do Japão decidiu manter sua política monetária inalterada. A decisão do banco central japonês contrasta fortemente com a de seus pares globais. No início desta semana, o Federal Reserve dos EUA, o Banco da Inglaterra e o Banco Nacional da Suíça aumentaram suas taxas de referência.

Análise técnica do Ibovespa e dólar

Veja a análise preparada por Pamela Semezatto, especialista em day trader da Clear Corretora:

Ibovespa

“Segurou na região de suporte, mas sem mostrar força na compra. Como ontem foi feriado aqui no Brasil, podemos ter uma abertura com mais volatilidade, já que o EWZ (Índice das nossas ações nos EUA) fechou na véspera em -4,43%. Se romper essa região de suporte dos 100 mil pontos, podemos considerar um pivot de baixa acionado no gráfico semanal.”

Dólar

“Não rompeu a resistência de R$ 5,300 e pela característica do candle de sexta, parece ser só um pullback da última alta. O ponto decisivo para mudança de tendência é o topo anterior (R$ 5,300) e, enquanto não mostrar o rompimento, segue em lateralização.”

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