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Ibovespa futuro cai mais de 1% sob influência do exterior; investidores aguardam fala de Powell

Investidores acreditam que presidente do Federal Reserve deve manter tom "hawkish", renovando o clima de aversão ao risco

Mitchel Diniz

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O Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios, comportamento que também é visto no pré-mercado de Nova York e nas Bolsas europeias. Os temores sobre aumentos de juros e riscos de recessão voltam a trazer volatilidade aos negócios, num momento em que o mercado acionário ensaiava uma recuperação.

Os investidores vão acompanhar a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que reporta ao Comitê Bancário do Senado dos EUA a partir das 10h30 (horário de Brasília). A aposta é de que Powell deve reforçar a necessidade de elevar juros nos EUA, de forma mais agressiva.

Às 9h14 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para agosto operava em queda de 1,73%, aos 100.525 pontos.

O dólar comercial sobe 0,26% a R$ 5,166 na compra e R$ 5,167 na venda. O dólar futuro para julho subia 0,7%, a R$ 5,180.

Os juros futuros operam com tendência de alta nos contratos mais longos e baixa nos mais curtos: DIF23, estável, a 13,56%; DIF25, – 0,06 pp, a 12,40%; DIF27, – 0,05 pp, a 12,34%; e DIF29, – 0,05 pp, a 12,50%.

Nos Estados, à espera da fala de Powell, o Dow Jones futuro tinha queda de 1,25%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq caíam, respectivamente, 1,41% e 1,57%.

O índice pan-europeu caía 1,41%. No Reino Unido, a inflação ao consumidor atingiu 9,1% em maio, um recorde em 40 anos. O índice foi impulsionado, sobretudo, pela disparada no preços dos alimentos.

Já vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, trouxe uma previsão otimista. Ele acredita que a inflação do bloco econômico deverá  desacelerar após o verão europeu.

No segmento de commodities, o minério de ferro recuou para seu menor preço em 16 semanas na Bolsa de Dalian. As cotações despencaram nos últimos dias com a perspectiva de excesso de oferta de aço na China. Construções foram paralisadas em função de chuvas torrenciais que provocaram enchentes em diferentes partes do país. O clima extremo trouxe também uma visão pessimista sobre a recuperação econômica chinesa, após uma série de lockdowns.

O petróleo também opera em baixa no mercado futuro. Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden pressiona para que um imposto federal sobre combustíveis seja zerado, para dar alívio ao consumidor na bomba. Em Nova York, o barril do WTI cai 5,3%, a US$ 103,70. Em Londres, o Brent cai ,54%, a US$ 109,45.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Mais um dia de indecisão para o IBOV na região dos 100.000 pontos. Ainda não mostrou força para continuidade na queda e nem força na compra para caracterizar rompimento falso. Se perder a mínima de ontem, acredito que o movimento de queda pode acelerar e buscar o próximo suporte na região de 94.000 pontos.”

Dólar

“Começou a falhar acima de topos anteriores, mas ainda sem continuidade nas barras de quedas. Ainda em lateralização larga entre os R$ 4,700 e R$ 5,300.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados