Ibovespa futuro cai e dólar tem leve alta com atenção aos dados da economia americana

Expectativa por novos números é grande após dados de inflação ao consumidor fortes no início da semana; por aqui, prévia do PIB do BC surpreendeu

Equipe InfoMoney

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O contrato do Ibovespa futuro para outubro registra leve queda de 0,37%, a 111.485 pontos, às 9h10 (horário de Brasília) desta quinta-feira (15). Já o dólar futuro com mesmo vencimento tem alta de 0,39%, a R$ 5,208, no mesmo horário. O dólar comercial tinha alta mais tímida, de 0,09%, a R$ 5,182 na compra e R$ 5,183 na venda no mesmo horário.

A quinta-feira é de expectativa pelos novos dados sobre o estado de saúde da atividade econômica dos Estados Unidos, além da divulgação de novos números do Brasil, às vésperas dos bancos centrais dos dois países deliberarem sobre taxa de juros -e pouco mais de duas semanas antes das eleições brasileiras.

Dados de inflação ao consumidor fortes nos EUA reforçaram expectativa de nova alta de 75 pontos-base nos juros por lá, com alguns investidores precificando chance de aperto de 100 pontos-base na semana que vem. No Brasil, as apostas predominantes são de manutenção da taxa em 13,75%, mesmo com o BC tendo reiterado possibilidade de uma alta residual.

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Os EUA divulgam pela manhã dados de agosto para vendas no varejo, produção industrial e estoques empresariais, além dos números semanais de pedidos de auxílio-desemprego.

As vendas no varejo nos EUA subiram 0,3% em agosto ante julho, enquanto a expectativa era de estabilidade. Contudo, para o mês anterior, houve revisão para baixo nos números, de estabilidade para queda de 0,4%. Já os pedidos iniciais por seguro-desemprego caíram para 213 mil nos EUA na semana encerrada em 10 de setembro, abaixo da projeção Refinitiv de 226 mil.

No Brasil, o Banco Central publicou o seu índice de atividade para julho (IBC-Br), com números que surpreenderam o mercado. O índice, considerado um indicador prévio de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,17% em julho na comparação com junho, acima da expectativa do consenso Refinitiv de alta de 0,30%.

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Ainda na agenda doméstica, a Secretaria de Política Econômica atualizou nesta manhã suas estimativas para o PIB e a inflação, que impactam a programação orçamentária do governo. O órgão melhorou a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano de 2,0% para 2,7%, deixando inalterada a estimativa de alta de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

Para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a previsão da equipe econômica caiu para 6,3% em 2022, contra 7,2% da projeção feita em julho. Para 2023, o patamar foi mantido em 4,5%.

Ainda em destaque, o Datafolha divulga nesta noite mais uma pesquisa de intenção de votos.

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Atenção ainda para a China. O banco central do país renovou parcialmente empréstimos de médio prazo, mantendo a taxa de juros como esperado nesta quinta-feira, com o aperto do Federal Reserve dos Estados Unidos limitando o espaço de manobra da política monetária para apoiar a economia.

A pausa na flexibilização monetária ocorre conforme o iuan sofre crescente pressão negativa depois que o Banco Popular da China (PBOC) surpreendeu os mercados em agosto ao reduzir as taxas-chave, um movimento que ampliou ainda mais a divergência da política monetária com outras grandes economias que estão aumentando os juros de forma agressiva.

O banco central disse manter a taxa dos 400 bilhões de iuans (57,46 bilhões de dólares) de empréstimos de médio prazo de um ano para algumas instituições financeiras em 2,75% em relação à operação anterior.

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Análise de Pamela Semezzato, analista de investimentos da Clear Corretora

Ibovespa

“Mais uma vez, não teve boa continuidade do movimento anterior e segue em lateralização. Caso rompa o topo anterior de 114.300, podemos esperar por teste na região dos 121 mil pontos, e se romper o suporte de 109 mil pode acelerar o movimento de queda ate a região de 101 mil pontos”.

Dólar

“Dia mais calmo ontem, depois do teste no fundo da consolidação e uma reação forte de compra, mas que ainda não mostra rompimento de topos e fundos anteriores para definir um novo movimento forte direcional. Resistência: R$ 5,280 e Suporte: R$ 5,100

(com Reuters)

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