Ibovespa futuro cai, acompanhando Wall Street, com reunião de política monetária do Fed no radar

Encontro do Fomc (Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve) tem início nesta terça-feira e termina amanhã

Equipe InfoMoney

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro começou os negócios desta terça-feira em forte baixa, acompanhando a tendência do mercado futuro nos Estados Unidos. Mesmo com o feriado em São Paulo (aniversário da cidade), a Bolsa brasileira funcionará normalmente hoje, já que, a partir deste ano, os negócio na B3 só serão interrompidos nos feriados nacionais.

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Os investidores aguardam as definições da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Banco Central dos EUA, que começa hoje e divulgará amanhã (26), às 16h, sua decisão.

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Mesmo que o Fed ainda não comece o processo de normalização dos juros, a reunião será importante para o mercado calibrar as expectativas em relação aos próximos passos da autoridade monetária norte-americana.

Às 9h07 (horário de Brasília), o Ibovespa para fevereiro de 2022 caía 0,79%, aos 108.150 pontos.

O dólar comercial abriu em alta e avançava 0,16%, a R$ 5,511 na compra e R$ 5,512 na venda. O dólar futuro para fevereiro avançava 0,4%, a R$ 5,517.

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Nos mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2023 operava estável, aos 11,82%; juros para janeiro de 2025 tinham baixa de dois pontos-base, a 11,98%; os contratos para janeiro de 2027 também caíam dois pontos, para 11,20%; e no vencimento de 2029, recuavam para 11,40%

Nos Estados Unidos, depois de interromper uma sequência de perdas na véspera, os mercados voltam a operar no vermelho. Os índices futuros sinalizam abertura em baixa para as Bolsas em Wall Street.

O Dow Jones futuro recua 0,77%; os futuros do S&P 500 caem 1,32% e os da Nasdaq, operam em forte baixa de 1,9%.

Um dos principais fatores para a tensão nos mercados é a sinalização pelo Federal Reserve de que a elevação das taxas de juros pode começar já em março.

A expectativa é de que o Fed continue a caminhar para uma política monetária mais rígida como forma de se contrapor à maior inflação em décadas nos Estados Unidos. Mas não é esperado que eleve imediatamente os juros.

A temporada de balanços corporativos continua e, entre as empresas que divulgam seus resultados nesta terça-feira estão Microsoft, Johnson & Johnson, 3M, General Electric, American Express e Verizon.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança 0,55%, com altas generalizadas das bolsas e dos principais setores, e destaque positivo do de recursos básicos.

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Porém, investidores continuam atentos à volatilidade nos mercados americanos e à continuidade da tensão geopolítica na fronteira da Ucrânia, onde o governo da Rússia continua a mobilizar cerca de 100 mil soldados.

Os preços do barril de petróleo continuam a avançar influenciados pela perspectiva de invasão da Ucrânia pela Rússia, mesmo com conversas entre autoridades de alto escalão. O barril do petróleo tipo Brent avançava 0,73%, a US$ 86,90; o do WTI subia 0,54%, a US$ 83.76.

Radar corporativo

O noticiário corporativo traz como destaques o prosseguimento do impasse da fusão entre BrMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3), funcionários da Petrobras (PETR3;PETR4) com Covid e o primeiro feriado local da B3 (B3SA3) em que a bolsa opera normalemente.

Confira os destaques:

BrMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3)

A falta de consenso entre Aliansce e BR Malls sobre uma combinação de negócios tem feito as empresas e seus acionistas desenharem novas estratégias de ataque e defesa, destaca o jornal Valor Econômico.

Na mais recente, A CPPIB (detentora de 23% da Aliansce) anunciou aumento de participação relevante na brMalls , para 5,76% – uma reação, segundo fontes, a uma negociação que anda pouco produtiva entre a Aliansce e fundos acionistas da da empresa alvo.

Em tese, uma participação acionária superior a 5% permite que o acionista leve à assembleia de uma companhia assuntos ligados a fusões e aquisições, sinal de que a BR Malls poderá ser pressionada a submeter o tema a uma eventual votação.

“Enquanto a Aliansce Sonae se esforça para reunir o quórum necessário para que a Br Malls convoque uma assembleia geral, vemos sinais de que a oferta pode se transformar em uma aquisição hostil”, alerta o BBI.

B3 (B3SA3)

A partir de 2022, os negócios na B3, que tem sede em São Paulo, só serão interrompidos em feriados nacionais.

Sendo assim, haverá pregão regular na B3 hoje (25), feriado de aniversário da cidade de São Paulo.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) diz que foi informada pela estatal de que 1,5 mil trabalhadores estão com covid-19, 500 casos a mais do que o dado passado pela estatal no dia 21.

Neste grupo estão apenas funcionários próprios da petrolífera, de um universo de 40 mil. No entanto, sindicato calcula que mais de 3 mil terceirizados também estejam doentes.

Vale (VALE3)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou que a Assembleia Geral de Credores da Samarco seja realizada até os dias 10 e 17 de fevereiro.

Codesa

A privatização da Companhia Docas do Espirito Santo (Codesa), a primeira do gênero no país, ainda provoca incertezas no mercado. No entanto, a percepção inicial do setor é que as principais críticas foram solucionadas e que haverá interesse pelo ativo.

O edital foi publicado na sexta-feira (21). O leilão deverá ser realizado no dia 25 de março. Ao todo, estão previstos investimentos de R$ 334,8 milhões.

Santos Port Authority (SPA)

O debate para a privatização da Santos Port Authority (SPA), companhia docas do Porto de Santos, deverá iniciar oficialmente nesta semana, com a publicação da modelagem e a abertura da consulta pública pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). A previsão de investimentos é de R$ 16 bilhões, segundo reportagem do Valor.

Banestes (BEES3)

A Banestes (BEES3) divulgou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de Juros Sobre Capital Próprio mensais para 2022.

Foi divulgado um calendário com datas de pagamento e valor a partir deste mês. O primeiro pagamento será em 02/03 a partir da data-base de 31/01. O valor é de R$ 0,02 por ação, mas com o desconto do imposto de renda fica R$ 0,017.

Mills (MILS3)

A Mills (MILS3) comunicou o fim de seu segundo programa de recompra de ações, anunciado em março.

Por meio do programa, a Mills recomprou 7.558.687 ações ordinárias de emissão da companhia, ao preço médio de R$ 7,66 por ação, correspondendo a 3,0% do seu capital social total e 7,0% das ações em circulação.

Technos (TECN3)

A Technos (TECN3) informou que Aymeric Chaumet, investidor não-residente, passou a deter 12.011.300 ações ordinárias. Assim, agora ele possui 15,29% do total do capital social da Technos S.A.

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