Ibovespa futuro acompanha NY e opera em alta, após ata do Fomc; dólar avança

Para analistas, sinal de que ajuste de juros nos Estados Unidos pode não ser tão agressivo aliviou investidores

Mitchel Diniz

(Getty)

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O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta quinta-feira (26), enquanto os investidores digerem informações contidas na ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada ontem. O pré-mercado futuro em Nova York, que operava entre altas e baixas mais cedo, agora já se firma em terreno positivo.

“Os investidores parecem ter se confortado com o fato de que a minuta não estabeleceu um caminho ainda mais agressivo de aperto monetário, apesar da inflação permanecer em níveis elevados”, disse Stuart Cole, macroeconomista-chefe da Equiti Capital, segundo a Reuters.

Às 9h10 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em alta de 0,52%, aos 111.525 pontos.

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O dólar comercial sobe 0,37%, a R$ 4,838 na compra e R$ 4,839 na venda.

Os juros futuros operam em baixa nos vencimentos mais curtos e em alta nos mais longos: DIF23, – 0,02 pp, a 13,40%; DIF25, – 0,01 pp, a 12,28 %; DIF27, +0,02 pp, a 12,10%; e DIF29, +0,03 pp, a 12,20%.

No front corporativo, a Nvidia, fabricante de chips que é referência no setor de tecnologia, apresentou guidance considerado fraco para o segundo trimestre deste ano: a empresa prevê receitas da ordem de US$ 8,1 bilhões, enquanto Wall Street previa algo em torno de US$ 8,4 bilhões. A companhia afirma que as receitas serão impactadas pela guerra na Ucrânia e o impacto de lockdowns na China, em função da pandemia.

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O Dow Jones futuro subia 0,66%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq operavam em alta de 0,64% e 0,33%, respectivamente.

As Bolsas europeias operam com ganhos modestos, impulsionadas por ações do setor de energia. Papéis de petrolíferas compensam parcialmente queda das empresas de serviços essenciais (utilities) negociadas na Bolsa. Os índices ensaiam uma segunda sessão consecutiva de alta, mesmo após o Federal Reserve confirmar, na ata de sua última reunião de política monetária, que vai continuar subindo juros em um ritmo de 50 pontos base.

Vale lembrar que o Banco Central Europeu também deve dar início a uma política de aperto monetário já no próximo mês de julho e o mercado acredita em quatro ajustes na taxa de juros até o final do ano.

As perspectivas de desaceleração continuam surgindo. O Instituto de Finanças Internacionais reduziu pela metade sua projeção de crescimento da economia global, de 4,6% para 2,3%. O presidente do Banco Mundial, David Malpass, afirmou nesta quinta-feira, 25, que a guerra na Ucrânia pode levar o mundo para uma recessão, levando em conta especialmente as altas nos preços de energia e alimentos. O índice Stoxx 600 avançava 0,33%.

Os mercados asiáticos já estavam fechados quando o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Copom do BC americano, divulgou a ata de sua última reunião de política monetária. As Bolsas repercutiram nesta madrugada a minuta, que confirmou expectativas sobre a continuidade de alta de juros nos Estados Unidos.

O índice Kospi, da Bolsa coreana, caiu 0,18% após a decisão do Banco Central do país em elevar os juros em 25 pontos base, para 1,75%. Analistas esperam que a pressão de preços elevados continue no curto prazo e que o BC coreano siga elevando a taxa nos próximos meses.

Já as Bolsas chinesas subiram com declarações do primeiro ministro, Li Keqiang. “Devemos nos esforçar para assegurar um crescimento econômico razoável no segundo trimestre, reduzir a taxa de desemprego o mais rápido possível e manter as operações econômicas dentro de uma faixa razoável”, disse o premiê, segundo a agência Xinhua.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Segue testando resistência intermediária e média aritmética de 200. Enquanto estiver acima do suporte de 109.000, continuo esperando por mais um movimento de alta, mas sem definição de tendência no médio/ curto prazo ainda”.

Dólar

“Ainda não rompeu o suporte de R$ 4,830 e também não mostrou força de compra. Continuo esperando por um repique desse último movimento. E os pontos mais fortes para decisão de continuação da tendência de baixa é o rompimento de R$ 4,600 ou para reversão em R$ 5,300”.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados