O Ibovespa Futuro opera com leve baixa nos primeiros negócios desta quarta-feira (30), com investidores de olho em dados econômicos e nas movimentações relacionadas ao Orçamento de 2024, enquanto a cautela prevalece nos mercados externos.
Na última terça-feira (29), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o projeto orçamentário de 2024 será enviado ao Congresso, afirmando que neste momento não há tempo de mudar o texto, que deve chegar ao Legislativo na quinta-feira desta semana.
Hoje, o Plano Plurianual para 2024-2027 será entregue ao Congresso Nacional em cerimônia no Palácio do Planalto, com metas para melhoria de indicadores econômicos, sociais e ambientais.
Na agenda de dados, o IGP-M manteve sequência de quedas e tem deflação de 0,14% em agosto. A projeção dos analistas era que índice voltasse a mostrar alta, de 0,15% na comparação com julho. Já o índice de preços ao produtor tive sexta queda consecutiva, após queda de 0,82% em relação a junho.
Investidores ainda aguardam pela divulgação do Caged de julho, com Itaú projetando a criação de 137 mil empregos formais.
Às 9h12 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com queda de 0,05%, a 120.020 pontos.
Em Wall Street, os índices futuros operam em baixa nesta quarta-feira, revertendo parte dos ganhos da véspera, quando as ações em Wall Street foram impulsionadas por ganhos de tecnologia apoiados pela fabricante de chips Nvidia anunciando uma parceria com o Google.
Os investidores estarão atentos nesta quarta-feira aos dados de emprego da ADP, os primeiros de uma série de estatísticas do mercado de trabalho que serão divulgadas ao longo desta semana. Os números dos pedidos de seguro-desemprego serão divulgados na quinta-feira, seguidos pelos dados sobre folhas de pagamento não agrícolas, salários e taxa de desemprego na sexta-feira.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro caía 0,03%, S&P Futuro tinha baixa 0,07% e Nasdaq Futuro operava com desvalorização de 0,08%.
Dólar
O dólar comercial opera com alta de 0,02%, cotado a R$ 4,855 na compra e R$ 4,856 na venda. Já o dólar futuro para setembro recuava 0,04%, equivalente a R$ 4,857.
No mercado de juros, os contratos futuros operam mistos na sessão de hoje. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp , a 12,39%; DIF25, 0,00 pp, a 10,46%; DIF26, +0,01 pp, a 9,99%; DIF27, +0,01 pp, a 10,13%; DIF28, +0,02 pp, a 10,40%; DIF29 +0,01 pp, a 10,58%.
Exterior
Os mercados europeus operam mistos, à medida que os investidores digerem dados econômicos da Espanha e Alemanha.
O índice pan-europeu Stoxx 600 reduziu os ganhos iniciais com uma queda de 0,2%. Os setores foram distribuídos por território positivo e negativo, com as ações de bancos e seguros subindo 0,5% cada, enquanto os serviços públicos despencaram 2%.
A Espanha reportou uma inflação de 2,6% em termos anuais em Agosto, em linha com as expectativas dos analistas, enquanto a Alemanha reportou uma queda de 13,2% nas importações no ano até Julho, a queda mais acentuada desde Janeiro de 1987.
Os mercados fecharam em alta na terça-feira, acompanhando o movimento de Wall Street, enquanto os investidores aguardam uma nova rodada de dados esta semana.
Ásia-Pacífico
Os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, refletindo em grande parte os movimentos de Wall Street, já que as ações dos EUA registraram uma recuperação tecnológica impulsionada pela Nvidia na terça-feira.
O Nikkei 225, do Japão, atingiu seu terceiro dia consecutivo de ganhos, avançando 0,33% para fechar em 32.333,46 pontos, enquanto o Kospi ,da Coreia do Sul, subiu 0,35% para terminar em 2.561,22 pontos.
Já o S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 1,21% e liderou os ganhos na região, terminando o dia em 7.297,7 – o nível mais alto desde 15 de agosto. A inflação de julho foi de 4,9%, mais fraca do que os 5,4% vistos em junho.
Em contraste, o índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou quase estável, enquanto o índice de Shanghai, da China, teve ligeira alta.
As cotações do petróleo operam com alta, ampliando os ganhos da sessão anterior, depois que dados da indústria mostraram uma grande redução nos estoques de petróleo bruto nos EUA, o maior consumidor mundial de combustível, e uma vez que as preocupações com um furacão no Golfo do México levaram a uma maior cautela no mercado.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte alta após início de semana negativo.