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Ibovespa Futuro acompanha mau humor externo e opera em baixa

Investidores aguardam pela confirmação de mais um PIB negativo nos EUA, além de novos discursos de membros do Fed

Felipe Moreira

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O Ibovespa futuro opera em queda nos primeiros negócios desta quinta-feira (29), acompanhando desempenho negativo dos principais mercados internacionais, depois do índice a vista subir com menor ímpeto que os mercados externos na véspera. Às 9h10 (horário de Brasília), o contrato para outubro caía 0,49%, aos 108.150 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros apagam os ganhos da sessão anterior e operam em queda, com o Nasdaq, S&P 500 e o Dow Jones caindo, respectivamente, 1,07%, 0,79% e 0,60%.

No câmbio, o dólar comercial reverte as perdas de ontem e opera com alta de 1,06%, cotado a R$ 5,406 na compra e R$ 5,407 na venda. Já o dólar futuro para setembro tinha valorização de 0,85%, a R$ 5,418.

A curva de juros também operam em alta, com exceção da ponta mais curta, repercutindo mais um dado de desinflação no país e avanço do dólar perante o real. DIF23 (janeiro para 2023), -0,01 pp, a 13,69%; DIF25, +0,03 pp a 11,82%; DIF27, +0,07 pp, a 11,81%; e DIF29, +0,08 pp, a 11,99%.

No cenário local, após a divulgação relatório de inflação do Banco Central e do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) , investidores aguardam pela divulgação de números do Caged, que devem trazer a criação de 268 mil postos de trabalho em agosto.

O IGP-M registrou uma deflação de 0,95% e, com isso, manteve a desaceleração no acumulado em 12 meses, de 10,08% em julho para 8,59% em agosto e agora 8,2%. O relatório de inflação, por sua vez, diz que o terceiro trimestre deve ser mais positivo para a atividade econômica do que esperado anteriormente.

Exterior

Os mercados europeus também operam em baixa na sessão de hoje, após o otimismo com anúncio do BoE de comprar títulos em um esforço para ajudar a estabilizar seus mercados financeiros e a libra esterlina perder o ímpeto.

Na quarta-feira (28), o BoE anunciou a suspensão da venda de títulos do Reino Unido na próxima semana e a compra temporária de títulos de longo prazo por duas semanas, com o intuito de acalmar o caos desencadeado pelo novo governo britânico, que caminhou para a flexibilização do fiscal.

A libra caiu para mínimas recordes em relação ao dólar nos últimos dias e caiu mais uma vez na manhã de hoje para negociar pouco abaixo de US$ 1,08.

Em indicadores, o índice de sentimento econômico da Zona do Euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, caiu de 97,3 pontos em agosto para 93,7 pontos em setembro, menor patamar do índice desde novembro de 2020.

Ásia

A maioria dos mercados da região na Ásia-Pacífico subiram na quinta-feira, após uma recuperação em Wall Street na quarta-feira. O movimento positivo nos EUA veio depois que o Banco da Inglaterra disse que interviria no mercado de títulos para estabilizar as condições.

O Banco Popular da China alertou contra apostar no yuan em qualquer direção, após seu rápido declínio em relação ao dólar americano nesta semana.

“Não aposte em uma valorização ou depreciação unilateral da taxa de câmbio do renminbi”, disse o banco central em um comunicado chinês em seu site na quarta-feira, de acordo com uma tradução da CNBC.

Do lado das commodities, o contrato minério na Bolsa de Dalian fechou em alta, voltando a operar acima dos US$ 100, sustentado pelo aumento da atividade da construção na China.

Análise técnica de Ibov e dólar, por Pamela Semezatto, da Clear Corretora

IBOV: “Sessão de ontem continuou sem mostrar força para romper a região de suporte dos 109.000 e sem mostrar reação compradora para se manter na lateralização. A principio, continuamos considerando a lateralização de extremidades: 108.800 e 114.500 pontos.”

DÓLAR: “A barra de segunda-feira que mostrou o rompimento do topo anterior é o candle que estou considerando como referência para continuidade do movimento ou reversão. E ainda não mostrou rompimento da mínima e nem da máxima dessa candle. Então, seguimos aguardando um próximo movimento mais forte. Próximas resistências: 5.470 e 5.600 pontos. Próximos suportes: 5.300 e 5.100.”

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