Ibovespa futuro acompanha exterior e volta a subir, com flexibilizações na China; dólar cai abaixo de R$ 5

Os juros futuros também recuam após sinalização do BC de que a Selic não deve subir muito mais

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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O Ibovespa futuro abriu os negócios desta terça-feira (17) em alta, acompanhando um momento de menor aversão ao risco em todo o mundo. Os investidores se mostram um pouco mais otimistas depois que a China começou a flexibilizar a quarentena no país, diante de uma redução no número de casos de Covid-19. Mas o dia está repleto de indicadores que podem mudar o humor do mercado, como dados de atividade econômica dos Estados, além de discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e outros dirigentes distritais do BC americano.

Às 9h22 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho de 2022 operava em alta de 1,12%, aos 110.525 pontos.

O dólar comercial, por sua vez, recua novamente e opera abaixo dos R$ 5. A moeda americana cai 1,29%, a R$ 4,986 na compra e na venda.

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Os juros futuros recuam: DIF23, -0,03 pp, a 13,32%; DIF25, -0,04 pp, a 12,38%; DIF27, -0,03 pp, a 12,15%; e DIF29, -0,02 pp, a 12,20%.

As taxas recuam após a sinalização do diretor do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, de que a autoridade monetária prefere um cenário de menor flutuação de juros, indicando que a Selic não subirá muito mais.

Lá fora, a capital financeira Xangai passou três dias sem registrar novos casos de Covid-19 fora das zonas de quarentena. Os índices do mercado acionário avançam com esperanças de que a demanda chinesa poderá ser sustentada pela flexibilização gradual das restrições que foram impostas no país.

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A manhã é positiva para as commodities com a expectativa de retomada da demanda chinesa. O petróleo oscila no maior patamar em dois meses e o minério de ferro também avança O barril do brent para julho de 2022, negociado na ICE, sobe 0,8%, a US$ 115,15. O WTI, negociado em Nova York para junho sobe 0,64%, a US$ 114,95.

Na Bolsa chinesa de Dalian, o minério de ferro no contrato de maior liquidez fechou a última sessão em alta de 0,91%, a US$ 122,96.

O maior apetito por risco na manhã desta terça-feira também impulsiona os futuros em Wall Street. A produção industrial americana e as vendas no varejo de abril são os destaques da agenda de indicadores. O dia também será marcado por discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que palestra em evento do The Wall Street Journal, no período da tarde. Outros Fed Boys também participam de eventos ao longo do dia e podem dar declarações sobre o futuro da política monetária no país.

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O Dow Jones futuro sobe 1,12%, enquanto os futuros de S&P 500 e Nasdaq avançam, respectivamente, 1,47% e 1,86%.

A guerra na Ucrânia continua sendo um foco importante para o sentimento do mercado no continente, com combates no leste e sudeste do país.

Com a Finlândia e a Suécia anunciando suas propostas para se juntar à aliança militar ocidental OTAN, todos os olhos estão voltados para a Rússia e como ela pode reagir. Moscou já expressou indignação com a ideia de sua antiga inimiga OTAN se expandir, e o presidente russo, Vladimir Putin , disse na segunda-feira que essa expansão “é um problema”. Embora a Rússia tenha prometido medidas de retaliação, não se sabe como agirá.

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As Bolsas europeias operam no azul e o índice Stoxx 600, que acompanha o desempenho de ações de empresas de 17 países do continente, avança 1,44%.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Mostrando força na compra, mas ainda sem definição de tendência, chegou em região de resistência nos 109.000. Enquanto estivermos acima dos 100.000 pontos, ainda mantem características de indefinição de tendência.”

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Dólar

“Voltou a trabalhar abaixo dos R$ 5,130 e se der continuidade na queda, espero por teste no suporte de R$ 4,930. Esse momento de alta, ainda parece um repique da ultima queda e só mudaria essa análise se romper o topo anterior, de R$ 5,370.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados