Dólar hoje fecha em alta após surpresa com PIB e inflação dos EUA

Traders aguardam pela divulgação do PIB americano hoje e dados de inflação na sexta-feira

Felipe Moreira

US dollar banknotes. Bloomberg

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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (25), ampliando os ganhos véspera, após o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA primeiro trimestre vir abaixo do consenso de mercado. Já o núcleo da inflação PCE veio acima do esperado, o que deve manter os economistas pessimistas sobre a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) promover algum corte de juros no curto prazo.

Vale lembrar que o relatório completo do PCE, que é o índice de despesas pessoais, sai nesta amanhã (26), mas os dados trimestrais prévios de hoje mostraram aceleração de preços.

O Banco Central realizou neste pregão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.

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Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista opera com alta de 0,28%, a R$ 5,161 na compra e R$ 5,162 na venda. Às 17h40 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,11%, a 5.162 pontos.

Dólar comercial

Venda: R$ 5,162

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Compra: R$ 5,161

Máxima: R$ 5,193

Mínima: R$ 5,111

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Dólar turismo

Venda: R$ 5,377

Compra: R$ 5,197

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O que está acontecendo com dólar?

Apesar de ter perdido fôlego durante a tarde, a divisa fechou em alta pela segunda sessão consecutiva, impulsionado pelos dados piores que o esperado da inflação dos EUA, que reforçaram as apostas de que o Fed deve promover menos cortes de juros este ano.

Os traders iniciaram a sessão à espera da divulgação da primeira prévia do Produto Interno Bruto dos EUA para o primeiro trimestre e do índice PCE que acompanha o relatório do PIB, em busca de pistas sobre os próximos passos do BC americano.

Quando os números saíram, às 9h30 (horário de Brasília), os yields dos Treasuries despencaram em um primeiro momento, com a informação de que o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 1,6% no primeiro trimestre — abaixo dos 2,4% de crescimento projetados por economistas consultados pela Reuters. Isso fez com que, no Brasil, o dólar à vista também despencasse, marcando às 9h30 a mínima de R$ 5,1123 (-0,72%).

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No minuto seguinte, no entanto, os yields saltaram para o território positivo e passaram a renovar máximas na sessão, o que fez o dólar também ganhar força ante várias divisas, incluindo o real. Por trás da virada estavam os números ruins de inflação: o núcleo do PCE subiu 3,7% no primeiro trimestre, acima da expectativa de alta de 3,4%.

(Reuters)