Ibovespa futuro acompanha exterior e sobe mais de 1%, após China reduzir juros de empréstimos

Apesar do movimento positivo na manhã de hoje, as Bolsas devem acumular saldo negativo na semana

Mitchel Diniz

(Getty)

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O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (20), em uma manhã de recuperação para as Bolsas em todo o mundo. Os índices do mercado acionário respondem à redução nos juros dos empréstimos de longo prazo na China, medida adotada para amenizar o impacto da Covid-19 no país, que adota medidas severas para contar o avanço da doença. Os lockdowns no país têm sido acompanhados com preocupações, com potencial para produzir gargalos na cadeia global de suprimentos e contribuir com a alta da inflação.

O Banco do Povo da China (PBoC) diminui a taxa de juros de referência dos empréstimos de cinco anos. A LRP caiu de 4,6% para 4,45%. Já os juros de curto prazo foram mantidos em 3,7%, nos empréstimos de um ano.

A notícia da impulso aos preços das commodities, com perspectiva de melhor demanda chinesa. Na Bolsa de Dalian, o minério de ferro fechou a última sessão de negócios em alta de 5,31%, a US$ 122.55. Os preços do petróleo também operam com valorização, porém ganhos moderados. A valorização das matérias-primas promete dar impulso a ações de peso da Bolsa hoje.

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Às 9h18 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em alta de 1,03%, aos 108.985 pontos.

O dólar comercial abril com tendência de baixa e opera com ligeira queda de 0,16%, a R$ 4,914 na compra e R$ 4,915 na venda.

Os juros futuros subiam: DIF23, +0,02 pp, a 13,30%; DIF25, +0,02 pp, a 12,26 %; DIF27, +0,03 pp, a 12,01%; e DIF29, +0,05 pp, a 12,08%.

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Os índices do pré-mercado americano operam em alta consistente, respondendo a medidas de estímulo da economia chinesa. Ainda assim, as Bolsas em Wall Street devem acumular queda semanal pela sétima semana consecutiva, o que não acontecia desde 2008. O dólar também perde força frente a uma cesta de moedas nesta manhã.

O Dow Jones futuro sobe 0,94%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq avançam, respectivamente, 1,18% e 1,54%.

As Bolsas europeias também avançam, mas as ações europeias ainda estão a caminho de uma semana negativa, mesmo tendo fechado em forte queda na sessão de ontem, com preocupações com a inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 1,72%.

Os preços ao produtor alemão subiram 33,5% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, um novo recorde de alta, impactado pelos altos custos de energia.

No Reino Unido, as vendas do varejo subiram 1,4% em abril na comparação com março, acima das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal (que esperavam queda mensal de 0,3%). Na comparação anual, as vendas recuaram 4,9%.

No Japão, o índice de preços ao consumidor atingiu 2,5% ao ano em abril. Foi a primeira alta acima de 2% em 13 anos, refletindo custos mais altos de energia e matérias-primas. Contudo, analistas acham difícil que a inflação japonesa se consolide acima de 2% e é provável que o Banco Central do país mantenha juros próximos a zero.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Segurou no suporte de 105.800 e deixou uma barra que sugere um movimento comprador, caso tenha o rompimento da máxima do candle de ontem. Ainda sem definição de tendência, mas não ter dado continuidade na queda de quarta-feira foi um sinal positivo.”

Dólar

“Segurou no suporte de R$ 4,930 e mostra extrema indecisão nessa região de preço. Seguimos aguardando o rompimento de R$ 4,650 para confirmar retomada na tendência de baixa ou o rompimento de R$ 5,300 para confirmar um pivot de alta.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados