Ibovespa Futuro acompanha exterior e opera com baixa antes de dados de inflação

Semana será marcada por dados de inflação no Brasil e nos EUA, além do PIB de ambos

Felipe Moreira

(Shutterstock)

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta segunda-feira (26), acompanhando cautela dos mercados internacionais, enquanto investidores aguardam dados de inflação dos EUA e da zona do euro que podem refinar mais as expectativas para as taxas de juros, depois que tiveram que reavaliar suas apostas diante de dados fortes de trabalho e inflação nos EUA.

Na cena nacional, o governo anunciará nesta segunda-feira medidas de proteção cambial para investimentos de longo prazo, aproveitando a atenção internacional pouco antes da reunião de ministros da Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20. Já a reunião a nível ministerial do G20 ocorrerá na quarta e quinta-feiras, com o governo brasileiro buscando usar sua presidência do grupo neste ano para pautar discussões sobre redução de desigualdades e reforma de instituições multilaterais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi diagnosticado com Covid-19 depois de se sentir indisposto na noite de domingo e sua participação presencial nas reuniões do G20 nesta semana poderá ficar comprometida, informou a assessoria de comunicação do ministério. Haddad presidirá as reuniões do G20 previstas para quarta e quinta-feiras de forma virtual. Os eventos terão as participações presenciais do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.

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Ainda na pauta nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do lançamento do Programa de Democratização dos Imóveis da União.

No campo corporativo, investidores repercutem o balanço da Americanas (AMER3), que registrou prejuízo líquido de R$ 4,611 bilhões nos nove primeiros meses de 2023. Já AES Brasil (AESB3) e BRF (BRFS3) divulgam seus números do 4º trimestre após o fechamento do mercado.

Às 9h11 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com queda de 0,25%, aos 131.165 pontos.

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Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em leve baixa, com investidores aguardando com expectativa a última leitura do indicador de inflação preferido do Fed, bem como uma série de resultados corporativos. Salesforce é o grande nome da tecnologia esta semana; o relatório deve ser divulgado na quarta-feira.

Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,08%, S&P Futuro recuava 0,04% e Nasdaq Futuro registrava queda de 0,03%.

Dólar e mercado externo

O dólar comercial opera com baixa de 0,12%, cotado a R$ 4,986 na compra e R$ 4,987 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) caía 0,23%, indo aos 4,986 pontos.

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Os preços do petróleo recuam nesta segunda-feira, ampliando as perdas da sessão anterior, depois que o petróleo terminou a semana entre queda de 2% e 3%, em meio a preocupações do mercado de que uma inflação acima do esperado poderia atrasar os cortes nas taxas de juros dos EUA.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, uma vez que os estoques mais elevados no principal comprador, a China, e a atividade de construção mais lenta devido ao clima desfavorável aumentaram as preocupações com a demanda.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, com a de Tóquio renovando máxima histórica e a de Xangai interrompendo uma longa sequência de ganhos. Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 0,35% em Tóquio hoje, a 39.233,71 pontos, sustentado por ações de varejistas e atingindo pico histórico pelo segundo pregão seguido.

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Na China continental, os mercados tiveram desempenho misto. O Xangai Composto recuou 0,93%, a 2.977,02 pontos, em um provável movimento de realização de lucros, depois de avançar por oito sessões consecutivas em meio a medidas de estímulos e iniciativas do governo chinês para estabilizar os preços das ações.

Os mercados europeus operam no campo negativo, enquanto investidores globais aguardam mais dados de inflação durante esta semana. O Índice Preços ao Consumidor (CPI) de fevereiro da zona do euro sai na sexta-feira (1), mesmo dia da leitura final do mês do PMI/S&P Global industrial no bloco europeu, na Alemanha e Reino Unido.