Americanas (AMER3) tem prejuízo de R$ 4,6 bi nos 9 primeiros meses de 2023, baixa de 23,5%

Varejista divulgou seu balanço nesta manhã de segunda-feira (26)

Felipe Moreira

Loja da Americanas (AMER3) no shopping Market Place, na zona sul de São Paulo (Lucas Sampaio/InfoMoney)

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A Americanas (AMER3), em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido de R$ 4,61 bilhões nos nove primeiros meses de 2023 (9M23), o que representa uma redução de 23,5% em relação ao prejuízo líquido de R$ 6,02 bilhões nos nove primeiros meses de 2022, informou a varejista nesta segunda-feira (26).

A varejista teve prejuízo de R$ 1,621 bilhão no terceiro trimestre, 17,8% menor do que a perda de R$ 1,972 bilhão um ano antes, número já corrigido em relação aos R$ 212 milhões de prejuízo que originalmente a empresa tinha anunciado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 1,55 bilhão entre janeiro e setembro do ano passado, crescimento de 21,3% sobre o Ebitda de um ano antes.

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Já a receita líquida foi de R$ 10,2 bilhões nos 9M23, em queda de 45% sobre os R$ 18,7 bilhões do mesmo período de 2022. No terceiro trimestre, a receita líquida somou R$ 3,261 bilhões, baixa de 39,2% ante igual período de 2022.

O volume bruto de mercadorias (GMV) total foi de R$ 16,0 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, uma diminuição de 51,1% na comparação com igual período de 2022.

O GMV da plataforma física, por sua vez, foi de R$ 9,3 bilhões, uma queda de apenas 4,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

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No 9M23, o lucro bruto caiu 8,2% na comparação com 9M22, alcançando R$ 2,9 bilhões. A margem bruta foi de 27,7%, um avanço relevante de 11,1 p.p.. “A evolução da
margem é reflexo principalmente da migração de categorias de baixa rentabilidade do
1P para o 3P, junto a uma maior racionalidade de precificação e investimento em
marketing na plataforma digital”, explica a varejista.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 2,186 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, uma redução de 45,7% na base anual.

As despesas gerais e administrativas foram de R$ 4,1 bilhões no período, uma redução de 7,5% na comparação anual.

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Dívidas em alta

Um dos números mais esperados pelos analistas é o do endividamento da rede de varejo. No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas somaram R$ 33,443 bilhões, um aumento de 10,6% na comparação com setembro de 2022. A dívida bruta somou R$ 38 bilhões. O endividamento, ainda em patamares altos, tem tendência de “relevante redução” com a execução do Plano de Recuperação Judicial, afirma a Americanas.

O caixa da empresa, que chegou quase a zerar logo depois da descoberta do rombo, encerrou setembro em R$ 4,929 bilhões, baixa de 49,5% em 12 meses.

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“Hoje já podemos dizer que superamos a fase mais crítica pela qual a Americanas passou”, afirma o comando da Americanas no balanço.

(com Estadão Conteúdo)