Ibovespa futuro acompanha exterior e inicia semana em alta; dólar recua novamente

Apesar do movimento positivo, os investidores seguem cautelosos com a alta da inflação pelo menos e expectativa de alta de juros

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (23), acompanhando o pré-mercado em Nova York. Apesar do movimento positivo, o clima de cautela permanece entre os investidores, na semana em que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Copom do Banco Central dos Estados Unidos, divulga a ata de sua última reunião.

Às 9h20 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em alta de 0,91%, aos 110.400 pontos.

O dólar comercial volta a cair, recuando 0,68%, a R$ 4,840 na compra e R$ 4,841 na venda.

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Os juros futuros operavam com leve tendência de alta nos vencimentos mais curtos e de queda nos mais longos: DIF23, +0,01 pp, a 13,28%; DIF25, -0,01 pp, a 12,08 %; DIF27, -0,04 pp, a 12,82%; e DIF29, -0,04 pp, a 11,91%.

Em Nova York, o Dow Jones futur subia 1,15%, enquanto os futuros de S&P 500 e Nasdaq avançavam, respectivamente, 1,14% e 0,95%.

O pré-mercado em Nova York começou a segunda-feira positiva, após o fraco desempenho das Bolsas na sexta-feira e na última semana como um todo – o índice Dow Jones teve sua oitava queda semanal consecutiva. Os temores de uma recessão global continuam pesando sobre os negócios, com a adoção de medidas de aperto monetário pelo mundo diante de uma escalada da inflação.

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Os investidores vão ficar atentos às falas dos presidentes distritais do Federal Reserve, Raphael Bostic e Esther George, que participam de eventos distintos nesta segunda-feira. Na quarta-feira (25), a autoridade monetária divulgará a ata da último reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), na qual o ritmo de alta de juros acelerou.

A maioria das Bolsas europeias também opera em alta, após uma semana de saldo negativo. Os temores de desaceleração de crescimento global continuam influenciando os negócios.

Agora pela manhã, o Banco Central Europeu (BCE) publicou um texto escrito pela presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde. Ela diz que o continente passa por um processo de normalização da política monetária e que a partir do terceiro trimestre o bloco deve deixar de ter juros negativos.

O Stoxx 600, índice que tem na carteira ações de empresas de 17 diferentes países europeus, sobe agora 0,77%.

Os mercados asiáticos fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, que foi afetado negativamente pelas ações de tecnologia. As preocupações com a escalada da inflação e alta de juros pelo mundo continuam pesando negativamente sobre os negócios.

Ontem, Xangai reabriu parte de seu sistema do metrô, que estava paralisado há quase dois meses. Apesar disso, os passageiros precisam apresentar fortes razões para usar o transporte, segundo reportagem da Reuters.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Tendência indefinida por enquanto, já que não rompeu nenhum fundo anterior (100.000 pontos) e nenhum topo anterior (109.000 e 122.000 pontos). Conseguiu mostrar um pouco de força compradora, mas trabalha em região de resistência e médias curtas no gráfico semanal que podem segurar o preço. Se perder a mínima da semana passada, confirmara força na queda e podemos ter o pivot de baixa acionado.”

Dólar

“Mostrou força na primeira retomada da tendência de baixa, mas ainda com alguns suportes no caminho que precisam ser rompidos para confirmar um novo movimento de baixa: R$ 4,830 e R$ 4,650. Para descaracterizar a força vendedora precisa romper o topo anterior e resistência em R$ 5,300.”

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados