Ibovespa futuro abre descolado do pré-mercado em NY, mas zera perdas

No exterior, Bolsas podem ter semana positiva depois de dois meses no vermelho

Mitchel Diniz

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro começou a sessão desta sexta-feira (27) em queda, descolado do pré-mercado em Nova York, mas logo voltou ao terreno positivo e opera entre perdas e ganhos. Lá fora, as expectativas de que o Federal Reserve dê uma pausa no ciclo de aperto monetário no segundo semestre dão algum fôlego a Wall Street. Caso essa tendência se mantenha ao longo do dia, as Bolsas podem ter sua primeira alta semanal depois de oito semanas em baixa.

A ata da reunião de política monetária do BC americano, divulgada na quarta-feira, confirmou mais dois aumentos de 50 pontos base (em junho e julho), mas também sugeriu uma pausa nos ajustes até o final.

Um dado crucial para que o humor do investidor se mantenha como está é o índice de preços PCE, preferido pelo Fed para a inflação, e que é destaque na agenda de hoje. O núcleo do PCE teve variação positiva de 0,3% entre março e abril. Na comparação anual, a alta foi de 4,9%. O número veio conforme o previsto pelo mercado.

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Às 9h38 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em ligeira alta de 0,08%, aos 112.685 pontos.

O dólar comercial operava com uma ligeira queda de 0,02%, a R$ 4,759 na compra e R$ 4,760 na venda

Os juros futuros operam em baixa nos vencimentos mais curtos: DIF23, – 0,02 pp, a 13,34%; DIF25, estável, a 12,10 %; DIF27, + 0,01 pp, a 11,93%; e DIF29, + 0,01 pp, a 12,07%.

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O Dow Jones futuro operava com alta de 0,18%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq subiam, respectivamente, 0,33% e 0,46%

As Bolsas europeias sobem pelo terceiro dia seguido e podem ter maior alta semanal em dois meses.

Os investidores começam a ver chance de ajustes menos agressivos nos juros por parte dos Bancos Centrais, o que diminui o sentimento de aversão ao risco. O BC europeu deve dar início a sua política de aperto monetário a partir de julho. Analistas, no entanto, acreditam que as autoridades monetárias vão agir com cautela para evitar recessão.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio interrompeu uma sequência de três dias consecutivos de queda, com destaque para ações do setor de turismo. O primeiro ministro japonês anunciou que deve abrir as fronteiras para viajantes, depois de dois anos, a partir de 10 de junho.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,89%, e as altas foram puxadas por ações de tecnologia após a divulgação dos resultados trimestrais de Alibaba e Baidu, que superaram expectativas. As Bolsas chinesas também reagiram à expectativa de que mais medidas de estímulo à economia do país sejam anunciadas, para compensar efeitos de lockdowns e restrições da política de Covid Zero.

Os índices também repercutiram as falas de Antony Blinken, secretário de Estado americano – ele disse que os Estados Unidos não vão impedir que a China cresça, mas quer que o país entre em conformidade com regras internacionais.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Conseguiu fechar acima da resistência intermediária de 111.400  e o próximo ponto de resistência é nos 115.000. O gráfico semanal, se hoje não for um dia muito negativo, fechará com um sinal de continuidade altista bem interessante. Mas ainda há lateralização em um médio prazo.”

Dólar

“Rompeu o suporte de R$ 4,830 ontem e o próximo suporte forte é em R$ 4,650. Também é o ponto que, se for rompido, podemos esperar por uma nova movimentação de queda mais forte, na tendência de baixa.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados