Ibovespa futuro opera em baixa, acompanhando exterior, e dólar sobe; investidores aguardam ata do Fomc

O texto pode trazer uma sinalização sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação a alta de juro

Mitchel Diniz

Painel de ações (Crédito: Shutterstock)

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O Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta quarta-feira (25), acompanhando uma piora no desempenho das Bolsas europeias e do pré-mercado em Wall Street. As atenções hoje se voltam a ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o Copom do Banco Central americano. O texto pode trazer uma sinalização sobre os próximos passos do Federal Reserve em relação a alta de juros.

Às 9h09 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em queda de 0,74%, aos 110.570 pontos.

O dólar comercial abriu com alta forte e sobe 0,97%, a R$ 4,857 na compra e R$ 4,859 na venda.

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Os juros futuros voltavam a subir: DIF23, estável, a 13,42%; DIF25, +0,04 pp, a 12,34 %; DIF27, +00,4 pp, a 12,10%; e DIF29, +0,03 pp, a 12,15%.

Os futuros em Nova York operam entre perdas e ganhos, à espera de ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). A divulgação da minuta da última reunião de política monetária está prevista para as 15h (horário de Brasília). “A ata do Fomc deve mostrar um debate em torno das taxas neutras e se a autoridade deve ou não mover os juros para território restritivo”, prevê o Bank Of America.

A perspectiva de alta de juros diminui o apetite por ativos de risco e tem penalizado sobretudo as ações de tecnologia. Ontem, a Nasdaq caiu 2,35% depois que a empresa de mídia social Snap revisou suas projeções de crescimento para baixo – as ações da companhia caíram  43%.

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O dia também é marcado pelo número de encomenda de bens duráveis em abril e por um discurso da vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, em evento na Universidade John Hopkins, no começo da tarde.

O Dow Jones futuro caía 0,33%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq recuavam, respectivamente, 0,36% e 0,51%.

As Bolsas europeias têm ganhos moderados, tendo PIB e confiança do consumidor na Alemanha como destaques da agenda de hoje. A maior economia da Zona do Euro cresceu apenas 0,2% nos três primeiros meses de 2022 (em relação ao 4T21), o que já era esperado pelos economistas. Na comparação anual, o PIB avançou 3,8%. Apesar de não ser muito expressivo, o desempenho impediu que o país entrasse em recessão técnica.

Já a perspectiva de confiança do consumidor alemão para junho subiu 0,6 ponto para -26,0, após a baixa histórica de maio (-26,5). A guerra na Ucrânia e a inflação crescente continuam a minar o indicador. O índice Stoxx 600, que subia mais cedo, zerou ganhos e tem leve queda de 0,01%.

Na Ásia, a maioria das Bolsas chinesas fechou em alta. As autoridades da China sinalizam que deve adotar medidas para impulsionar a economia, diante da atual onda de casos de Covid-19 no país. Os reguladores financeiros têm orientado os bancos chineses a ampliar o fornecimento de crédito. Enquanto isso, as estatísticas sobre infectados continua preocupando, com um aumento no número de pessoas que contraíram o vírus na capital Pequim.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Continua trabalhando acima do suporte de 109.000, e o dia de ontem não mostrou muita força para lado nenhum. Segue um pouco mais altista, mas ainda sem definição de tendência em um prazo maior.”

Dólar

“Testou suporte em 4.830 e ainda não conseguiu romper. Seria interessante um movimento de alta para corrigir essa última queda, mas, por enquanto, sem sinais de força para compra.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados