Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos, alinhado com o exterior; investidores aguardam decisões de Fed e Copom

As decisões sobre juros serão anunciadas amanhã, mas os investidores já antecipam a continuidade do ciclo de aperto monetário em ambos os países

Mitchel Diniz

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O Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos nos primeiros negócios desta terça-feira (3), dia em que tem início as reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Banco Central dos Estados Unidos sobre juros. As decisões serão anunciadas apenas amanhã, mas os investidores já antecipam a continuidade do ciclo de aperto monetário em ambos os países.

Às 9h13 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro operava em queda de 0,04%, aos 108.035 pontos.

O dólar comercial recuava 0,73%, a R$ 5,035 na compra e R$ 5,036 na venda.

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No mercado de juros futuros: DIF23, +0,03 pp, a 13,11% ; DIF25, +0,04 pp, a 12,18%; DIF27, estável, a 11,98%; DIF29, -0,01 pp, a 112,08%; e DIF31, -0,03 pp, a 12,16%.

O pré-mercado em Nova York opera em alta volatilidade, com a cautela dos investidores sobre a reunião de política monetária que vai ter início hoje nos Estados Unidos. O mercado prevê uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros americana, o que deve marcar uma aceleração no ritmo de aperto monetário pelo Federal Reserve. A decisão será anunciada amanhã, seguida por um pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell.

O Dow Jones futuro recuava 0,10%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq caíam, respectivamente, 0,07% e 0,02%.

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Na Europa, as Bolsas reduziram ganhos e o rendimento de títulos públicos avançam. A expectativa de uma aceleração no ritmo de aperto monetária tanto do Federal Reserve quanto do Banco Central da Inglaterra, que decide sobre juros na quinta-feira, reforçou a perspectiva de que as medidas de estímulo devem ser retiradas para combater a alta da inflação global. Isso já se reflete na rentabilidade de títulos públicos, com os do Tesouro alemão, cujo yield atingiu 1% pela primeira vez desde 2015.

As ações de bancos também subiram, sob essa mesma perspectiva. “A narrativa até o momento este ano tem sido muito orientada pela inflação e pela taxa de juros. O que os mercados estão tentando avaliar agora é uma desaceleração no crescimento global e o impacto que isso tem sobre a política monetária no futuro”, disse à Reuters Dan Boardman-Weston, diretor executivo da BRI Wealth Management.

Na Ásia, as Bolsas da China continental seguem fechadas por conta do feriado do Dia do Trabalho. Os mercados também não funcionaram hoje no Japão, Cingapura e Índia. A Bolsa de Hong Kong foi exceção, com as ações da Alibaba no centro das atenções. Os papéis chegaram a cair 9% com especulações de que o fundador da empresa, Jack Ma, teria sido preso em Hangzhou, onde fica a sede da empresa. As autoridades, porém, explicaram se tratar de um mal entendido: outro nome com o mesmo sobrenome é que havia sido capturado, por colocar a segurança nacional em risco.

Jack Ma não aparece em público há algum tempo. Ele é considerado o homem mais rico da China e enfrenta pressões da autoridade do país, que abriram uma investigação antitruste contra o Alibaba.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Mais um dia de queda no IBOV deixou um pavio no suporte intermediário de 106.000. Ainda sem sinais de força na compra, segue na tendência de baixa. Próximo ponto de suporte na região de 100.000 e resistência em 108.000.”
Dólar

“Segue com força na compra e trabalha em região de resistência (R$ 5,060/ R$ 5,100). Ainda podemos considerar como repique da última queda, mas tem mostrado muita força nos candles o que descaracteriza movimento de correção. Próxima resistência intermediaria em R$ 5,280 e resistência mais forte em R$ 5,350.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados