Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos à espera de Copom e Fed; dólar volta a subir

Pré-mercado em Nova York ensaiou recuperação mais cedo, porém inverteu sinal

Mitchel Diniz

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa futuro opera entre perdas e ganhos nos primeiros negócios desta segunda-feira (2). O índice abriu com ganhos de 0,4%, mas perdeu fôlego, depois de uma virada para baixo no pré-mercado em Nova York. Maio começa com sentimento de apreensão: os investidores esperam pela decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros nos Estados Unidos na quarta-feira. Por aqui, no mesmo dia, o Banco Central também deve fazer um novo ajuste na Selic.

Às 9h11 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro operava em alta de 0,26%, aos 109.190 pontos.

O dólar comercial subia 0,96%, a R$ 4,989 na compra e R$  4,990 na venda.

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No mercado de juros futuros: DIF23, +0,02 pp, a 13,04% ; DIF25, +0,02 pp, a 12,06%; DIF27, +0,01 pp, a 11,86%; DIF29, -0,01 pp, a 11,96%; e DIF31, -0,03 pp, a 12,06%.

IBC-Br sobe 0,34% em fevereiro, pior do que o esperado

Depois de uma semana e um mês de abril negativos, o pré-mercado em Wall Street ensaiou uma recuperação mais cedo, mas inverteu sinal sem notícias concretamente positivas para sustentar os ganhos. Amanhã tem início a reunião de política monetária do Banco Central americano (Federal Reserve) e a expectativa é que os juros dos Estados Unidos sejam elevados em 0,5 ponto percentual.

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A perspectiva de aperto monetário é boa para renda fixa (pois aumenta sua rentabilidade), dólar e ruim para os mercados de maior risco. As Bolsas em Nova York também foram fortemente impactadas pelos últimos resultados das empresas, referentes ao primeiro trimestre, sobretudo às companhias do setor de tecnologia.

Na Europa, os índices recuam com a perspectiva de novos gargalos na cadeia de produção, reflexo de nova onda de Covid-19 e lockdowns na China.

Agora pela manhã, saíram os PMI’s da Alemanha, que caiu para 54,6 em abril, e o da Zona do Euro, que recuou para 55,5. Ainda sobre a economia alemã, as vendas no varejo do país recuaram 2,7% na comparação anual em março, mais do que o esperado. A variação mensal ficou negativa em 0,1%, enquanto a expectativa é que houvesse uma alta de 0,3%.

O mercado acompanha as tensões sobre a guerra na Ucrânia, com novos bombardeios e cidades sendo evacuadas.

A segunda-feira foi de liquidez reduzida para as Bolsas asiáticas, com as Bolsas chinesas fechadas até a próxima quinta, por conta do feriado do Dia do Trabalho. Ainda assim, foram notícias vindas do dragão asiático que impactaram os mercados. O Índice de Gerentes de Compras da manufatura oficial de abril caiu para 47,4, um segundo mês consecutivo de contração após a leitura de março de 49,5, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas chinês no sábado.

Uma pesquisa privada também mostrou contração na atividade fabril chinesa, com o PMI de manufatura Caixin/Markit chegando a 46, caindo em relação à leitura do mês anterior de 48,1.

O atual surto de Covid-19 no país e os lockdowns jogam uma sombra sobre o futuro da economia chinesa e alguns economistas acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) do país possa crescer menos que o dos Estados Unidos em 2022.

No segmento de commodities, o petróleo tem forte queda após a redução da atividade chinesa e pode vir a refletir nas ações brasileiras do setor hoje. Os chineses são os principais importadores da matéria-prima. As preocupações com uma queda na demanda da chinesa pesam sobre as cotações que, por outro lado, podem repercutir um potencial embargo ao petróleo russo pela União Europeia.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“O pregão de sexta-feira tentou se manter mais comprador, mas no meio do dia acabou pesando bem e deixando um candle que sugere mais vendas, caso hoje rompa a mínima de sexta. Candle de quinta e sexta-feira tem características de correção da queda. Próximo suporte se encontra na região de 106.000 e ainda está na região de resistência dos 108.000.”

Dólar

Por mais que no gráfico semanal esteja na média de 9 exponencial e de 200 aritmética (região de briga), o candle de sexta-feira sugere novas altas caso aconteça o rompimento da máxima hoje. Ainda dá para dizer que esta em um repique da queda, já que o movimento de baixa foi bem forte. Suporte: R$ 4,800, resistência: R$ 5,060.



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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados