Ibovespa fecha próximo da estabilidade e acumula alta de 3,27% na semana; dólar termina o dia em R$ 4,74

O índice não fecha em queda há oito dias seguidos; o dólar, por sua vez, recuou mais de 5% na semana

Mitchel Diniz

Gráfico de ações (Crédito: Shutterstock)

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O Ibovespa chegou perto dos 120 mil pontos, mas reduziu ganhos e encerrou a sexta-feira próximo da estabilidade. A Bolsa brasileira acompanhou o comportamento dos índices em Nova York, que começaram o dia em alta e chegaram a operar no terreno negativo, mas encerraram o dia com ganhos moderados. Não houve notícias concretas para animar os mercados na sessão de hoje:  a guerra na Ucrânia continua, sem sinais de cessar fogo. O clima fica cada vez mais tenso na comunidade internacional, com novas sanções à Rússia e riscos de que outros países entrem na guerra.

Além disso, os investidores tem recebido sinais cada vez mais fortes de que o Banco Central dos Estados Unidos deve subir juros de forma mais agressiva nas próximas reuniões, já que a inflação não dá trégua. Aqui no Brasil, o BC diz que vai encerrar o ciclo de aperto monetário na reunião de maio, em 12,75%, mas alguns bancos acreditam que a Selic vai até 14% ao ano.

O Ibovespa fechou em ligeira alta de 0,02%, aos 1198.081 pontos. O volume negociado no dia ficou em R$ 30,5 bilhões. O índice não fecha em baixa há oito sessões seguidas e acumulou, na semana, ganhos de 3,27%.

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O dólar, por sua vez, fechou mais uma vez em queda. No comercial, a moeda americana recuou mais 1,75% hoje, a R$ 4,746 na compra e R$ 4,747 na venda. Na semana, o dólar acumula queda de 5,38%.

A trajetória de queda da moeda americana impactou ações de exportadoras na Bolsa. As companhias de papel e celulose foram as maiores baixas do Ibovespa. KLBN11 liderou as perdas, recuando 6,13%, seguida por SUZB3, que caiu 6%. Os frigoríficos JBSS3 e MRFG3 recuaram, ambos, 3,72%.

“Como vendem para o exterior, a queda do dólar tem duplo efeito, uma vez que torna o produto menos competitivo no mercado internacional, além de impactar a receita quando as vendas externas são convertidas para reais”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da BRA.

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Já a maior alta do Ibovespa foi COGN3, que disparou 19,48%, após a divulgação de seus resultados trimestrais. YDUQ3, também de educação, pegou carona na concorrente e avançou 9,05%, segunda maior alta do índice. AZUL4, CYRE3 e IRBR3 completaram a lista de maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira.

No mercado de juros futuros, os contratos voltaram a cair, sobretudo na ponta mais longa da curva. No after market, os DI’s operavam da seguinte forma: DIF23, -0,06 pp, a 12,78%; DIF25, – 0,24 pp, a 11,46%; DIF27 – 0,18 pp, a 11,36%; DIF29 -0,13 pp, a 11,55%.

Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,44%, aos 34.861 pontos; S&P 500 fechou em alta de 0,51%, aos 4.543 pontos; Nasdaq fechou com queda de 0,16%, aos 14.169 pontos.

No mercado de commodities, o petróleo também teve uma sessão de forte volatilidade. Os preços começaram o dia em baixa, mas subiram após relatos de uma explosão em uma outra refinaria na Arábia Saudita, o que reduz ainda mais a perspectiva de oferta global. As cotações, porém reduziram ganhos: nos últimos negócios, o barril do brent para maio, na Bolsa de Londres, subia 0,31%, a US$ 119,40.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados